O Piauí conta com pouco mais de mil policiais civis ativos, sendo que destes, 287 estão em processo de aposentadoria. O déficit é pior no interior do Estado, onde são 334 agentes para atender a mais de 2 milhões de pessoas. De acordo com o sindicato da categoria, o ideal seria a contratação de mais 1.400 profissionais, totalizando, 2.450 cargos.
Para sanar a defasagem de pessoal, o secretário de Segurança, Fábio Abreu, disse que novos concursos públicos deverão ser realizados no próximo ano.
“Está sendo feito um planejamento para que no próximo ano seja feito um concurso, tanto para a Polícia Civil quanto para a Polícia Militar e Bombeiros. São projetos que devem estar prontos para a reposição do efetivo”, disse Abreu.
“Atualmente, temos a garantia de fazer o curso de formação, mas não temos a garantia da nomeação. Somos 118 alunos formados e aptos a trabalhar, mas que infelizmente, não podem porque nunca foram chamados”, disse Bruno Raniere, membro da comissão.
O sindicato da categoria dos policiais civis aponta como solução para não defasar, ainda mais o efetivo, a concessão de benefícios trabalhistas, para profissionais que estão em processo de aposentadoria.
“Uma forma do Estado permanecer com o número de profissionais que temos hoje seria a concessão do abono de permanência, porque seria o estímulo de fazer com que muitos policiais permanecessem e deixassem de pagar a contribuição previdenciária, obviamente, que por um estímulo e de forma administrativa. Seria uma saída”, disse Cristiano Ribeiro, membro do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi).