O presidente do Diretório Estadual do PPS no Piauí, Celso Henrique, confirmou a expulsão dos vereadores Luís André e do primeiro suplente de vereador Galba Coelho, por infidelidade partidária nas eleições de 2014.
“Esta situação vem acontecendo desde novembro do ano passado, e através da Resolução 004 de 2014, que foi uma determinação da Executiva Nacional do PPS, o partido vem optando pela expulsão de todos os membros do partido, inclusive vereadores e diretores, e até dos que eram dirigentes ou que tinham mandatos ou que ocupavam de certa forma posição de destaque dentro do partido, por infidelidade partidária”, explica.
Ele diz que desde 11 de junho, o partido decidiu que não iria ter mais ter fusão com outros partidos, essa decisão foi tomada. “Ficou determinado que todos os processos referentes a infidelidade iam começar a correr e que o partido não ia ter mais interesse em ter infiéis dentro dele. Eu como presidente do diretório do Piauí, fiquei responsável por fazer o comunicado aos três vereadores no Piauí”, conta, depois acrescentando que esta é uma determinação que está fazendo com que membros sejam expulsos da sigla por todo o Brasil.
Para tanto, ele afirma que foi criada uma Comissão Eleitoral Nacional depois das eleições de 2014, logo no início do ano, que “topou analisar todo o processo eleitoral das eleições 2014. Essa comissão foi escolhida em fevereiro de 2014, e a decisão foi editada da determinação 002 de 2014 da Nacional”.
Sobre o acúmulo de provas e indícios que comprovem as infidelidades com o partido, Celso explicou que a Comissão ficou responsável por colher, reunir e comprovar, com documentos e através do acúmulo de postagens nas redes sociais, provas que confirmavam o ato de infidelidade, quando se configurava como claro, que vereadores e diretores estavam apoiando ou votando em candidatos que não eram do PPS. “Então, já depois das eleições, a Comissão estava municiada de provas, aonde o partido tinha diretório, de pessoas que haviam sido infiéis”, confirmou Celso.
“Conseguimos comprovar através de documentos e provas cabais de que essas pessoas tanto não votaram como pediram votos para candidatos de outros partidos, mesmo o partido tendo candidato no PI, tanto federal como estadual”, garante Celso.
Então, o presidente explica ainda que nos dias 05 e 06 de agosto vai participar de um encontro com presidente nacional do Partido, Roberto Freire, no qual será oficializado o afastamento dos vereadores. “O comunicado já foi feito, porque já chamei os três. Como presidente do partido no Piauí, fiquei com a incumbência de fazer o comunicado verbal e dizer que o PPS não tinha mais interesse na permanência deles. Para mim é um pouco ruim ter que noticiar esta decisão, pois como presidente do Diretório eu que estou em contato direto sempre com eles, mas ela vem de uma instância superior, e eu tenho que cumprir. Mas a decisão só terá valor jurídico, com lavração de documento depois desse encontro com a Nacional, especificamente depois dessa reunião que decidirá pelo afastamento dos cargos de direção que foram investigados dentro da Comissão”, finalisa.
Os vereadores Luís André e Teresinha Medeiros afirmaram que não receberam nenhum comunicado formal do partido sobre a questão e que vão aguardar algum posicionamento formalizado da executiva nacional para se manifestarem. Contudo, Luís André comunicou que apoiou a coligação do candidato ao governo do Piauí, Zé Filho, e do Wilson Martins, nas eleições de 2014 e que se a expulsão for por este motivo em relação a infidelidade partidária, ele não tem nem o direito de discutir.
“Quanto a isso estamos esperando a decisão do partido, mas o que posso dizer, já que nenhum comunicado oficial foi feito, é que vou esperar a decisão. Enquanto isso o que posso dizer é que continuo no partido. O que tenho a dizer também é que sempre estive lutando pelo fortalecimento do partido. Se é uma decisão nacional, ela é surpresa para muita gente, mas se for a decisão mesmo, nós vamos respeitar e vamos esperar”, disse Luís André.
Vereador Luís André
Teresinha Medeiros disse que só irá se pronunciar quando houver um comunicado formal. “A gente só pode falar o que tem formalmente. Até lamento o presidente estadual com este posicionamento, mas estou com a consciência tranquila de que votei e apoiei os candidatos dentro da coligação que o partido fez a época e só vou me manifestar sobre isso se e quando chegar até mim o comunicado formal sobre a minha saída”, disse a vereadora, mesmo depois de confirmar que já havia realmente recebido o comunicado verbal do presidente Celso Henrique.
Vereadora Teresinha Medeiros
O primeiro suplente de vereador, Galba Coelho, não atendeu as ligações para dar esclarecimentos sobre o fato.