Após o vexame de quinta-feira na Copa do Brasil, onde em pleno Morumbi o São Paulo perdeu para o time reserva do Ceará, lanterna da Série B, Alexandre Pato concedeu entrevista coletiva no CT da Barra Funda nesta sexta-feira e saiu em defesa do técnico Juan Carlos Osorio.
Pato apoia o rodízio proposto pelo treinador colombiano, criticado após duas derrotas seguidas em casa, e até disse que o que o São Paulo fez no treino nesta sexta-feira (usar um goleiro na linha), é comum na Europa.
"Não só o jogador, mas as pessoas de fora, imprensa, têm que entender que o rodízio faz bem para o treinador e jogador. No Milan a gente fazia também. Para o jogador brasileiro, é tudo novo, é diferente o rodizio. Você tem que ter confiança no treinador e isso faz todo mundo se sentir útil pra poder jogar. O professor está fazendo, está fazendo rodizio. E isso vai fazer efeito em outubro, novembro", disse Pato.
"O Barcelona faz isso com os goleiros pra treinar o passe. No Milan, o Costacurta que treinava com a gente, ele era assistente do Ancelotti", completou o atacante, que marcou 20 gols no ano e é o artilheiro do São Paulo em 2015.
Depois de duas derrotas inesperadas no Morumbi, Osório começou a ser cobrado. Mas Pato apoiou seu treinador, que segundo o jornal "AS", tem proposta para assumir a seleção mexicana.
"Osorio é muito inteligente, muito bom. Perder um cara como ele nesse momento seria uma besteira, uma tragédia, como o Tolói. Quando os treinadores são bons é normal ter propostas. Ele decide o que é melhor pra ele, mas acho que não deveríamos perder ele nesse momento", analisou o atacante.
Pato não estava entre os xingados pela torcida no Morumbi na quinta-feira. Ganso e Michel Bastos ouviram xingamentos de parte do estádio, enquanto a outra dava apoio aos meias.
"A torcida tem o direito de cobrar, vaiar, xingar, mas quanto mais eles apoiam é melhor. Se você está numa situação ruim, precisa do torcedor no estádio pra te apoiar, pra te ajudar. Ontem foi estranho porque uma parte gritava, uma outra apoiava. As torcidas meio que tem que chegar ao encontro: ou torcer ou xingar", afirmou.