Depois do estupro coletivo do Piauí e no colégio em São Paulo, ambos cometidos por menores, agora foi a vez de Ninópolis, local onde ocorreu mais um crime bárbaro. O livro de colorir esconde o rosto envergonhado pela violência sofrida. Traumatizada, a menina de 12 anos mal consegue conversar com estranhos. A perda de parte dos sonhos da infância começou no mês passado, quando ela foi estuprada por cinco adolescentes no bairro Paiol, em Nilópolis.
Segundo parentes, a menina voltava a pé da escola onde estuda, perto de casa, com uma amiga. Ela teria sido atraída por essa colega para um local conhecido como Fazendinha, onde estavam cinco garotos. Logo depois, a amiga teria ido embora levando os pertences da vítima, que teve as roupas rasgadas e foi estuprada.
— Minha filha viu os meninos e tentou correr, mas um deles puxou os cabelos dela e tirou sua roupa. Ela estava uniformizada — relatou a mãe da menina: — Minha filha foi encontrada por vizinhos, assustada e sangrando. Alguns me contaram que ela gritava muito de tanto medo.
— Minha filha fez todos os exames médicos e está tomando os remédios necessários em casos como esse — diz a mãe, preocupada com a reação da menina na volta para o segundo semestre: — A diretora deu sete dias para ela ficar afastada. Convívio com os coleguinhas, agora, só depois das férias de julho.
A investigação do caso segue sob sigilo na 57ª DP (Nilópolis), onde o caso foi registrado. A Polícia Civil já identificou todos os envolvidos no estupro e deve encaminhar o inquérito para o Ministério Público em até dez dias.
Um vídeo, que foi feito durante o crime, já está sendo analisado pela polícia. Os parentes da vítima não chegaram a ver as imagens. A irmã da vítima diz que o vídeo circulou pelos celulares de alguns alunos da escola, aumentando o constrangimento.
“Ela não pode confiar em ninguém”, diz mãe
A mãe da menina cobra agora a solução do caso. Mesmo sabendo que a maior parte dos envolvidos no estupro é menor de idade (apenas um tem 18 anos), ela quer que os envolvidos sejam punidos pelo crime que cometeram. Casos como esse, mostram que precisamos urgente da redução da maioridade penal e reforma do código penal, para que tenha punições mais severas! Castração talvez, como sugere o projeto de Lei 5398/13 do dep. Jair Bolsonaro.
— A polícia está fazendo a a parte dela. Sei que os envolvidos já estão identificados, mas quero justiça. Muita justiça. Minha filha agora vai andar na rua com medo. Ela não sabe quem é do bem e quem é do mal. Não pode mais confiar em ninguém — lamenta a mãe.
O trauma sofrido pela menina fica ainda mais evidente enquanto dorme, já que ela sempre acorda assustada à noite, relataram os familiares.