Depois de surpreender o São Paulo, o Osasco Audax não se intimidou
com o estádio lotado com mais de 41 mil torcedores, todos do
Corinthians, e ficou afrente no placar em duas oportunidades, mas o
Corinthians, que não conseguiu uma virada sequer em 2016, conseguiu ao
menos empatar em 2 a 2 para levar a decisão para os pênaltis.
Pelo segundo ano seguido, o Corinthians decidia nos pênaltis uma vaga
para a final do Paulista. O final do filme foi igual, tristeza
corintiana e festa de Osasco, que venceu por 4 a 1.
É LIBERADO DAR CHUTÃO
Como era esperado, o Corinthians começou o jogo pressionando a saída
de bola do Osasco Audax. Logo aos sete minutos, essa pressão fez efeito e
o goleiro Sidão se complicou.
Perto da linha de fundo, o goleiro tentou driblar André e perdeu a
bola para o camisa 9, que rolou para Alan Mineiro, quase na marca do
pênalti. O meia podia chegar batendo, mas tentou dominar, perdeu um
pouco o contato com a bola, e acabou carimbando o defensor, perdendo
ótima chance de abrir o placar.
Logo após este lance, o técnico Fernando Diniz gritou para o goleiro
que, em caso de aperto, era para ele dar um "chutão" para frente,
abrindo mão de uma das caracteristicas da equipe.
QUEM NÃO FAZ, TOMA!
Foram duas boas oportunidades do Corinthians abrir o placar antes dos
primeiros 10 minutos de jogo. Depois disso, porém, o Osasco Audax
conseguiu se encontrar em campo e também pressionar a saída de bola.
Então, aos 25 minutos, Bruno Paulo ficou com a bola poucos metros
após a linha do meio de campo. Com muita liberdade, ele avançou até a
entrada da área e acertou um lindo chute de perna direita, mandando a
bola no ângulo esquerdo de Cássio, que nada conseguiu fazer para impedir
o silêncio no estádio, tomado apenas por torcedores do Corinthians.
MUDA PARA DEIXAR IGUAL
Na volta para o segundo tempo, Tite deixou claro que não estava
contente com o jogo apresentado nos primeiros 45 minutos. Guilherme e
Alan Mineiro não voltaram do vestiário, substituídos por Romero e
Rodriguinho.
A equipe alvinegra voltou a pressionar. André parou em Sidão na
primeira chance, logo aos dois minutos. Aos seis, veio o empate. Em mais
um erro de saída de jogo do Audax, Bruno Henrique roubou a bola e
cruzou na medida para André, de cabeça, balançar a rede e deixar tudo
igual no marcador.
MAIS UM GOLAÇO
Se o toque de bola era o aspecto mais comentado do Osasco Audax, contra o Corinthians o que fez a diferença foram os golaços.
A equipe visitante trocou passes no campo de ataque, até que a bola
chegou em Tchê Tchê. O volante do Audax dominou, ajeitou e bateu de fora
da área, com muita categoria. Desta vez a bola foi no ângulo direito de
Cássio, mas o resultado foi o mesmo: um golaço para o time de Osasco.
UM GRANDE JOGO
O silêncio na Arena Corinthians era a prova de que o torcedor havia
sentido o golpe. Tite tirou o zagueiro Yago e colocado o atacante
Luciano e, logo em seguida, veio o empate. Aos 33, Romero invadiu a área
pelo lado direito e, podendo finalizar, preferiu cruzar para André
marcar o segundo dele na partida, igualando o placar de novo.
O jogo ficou lá e cá. Aos 36, Elias trocou bola com Rodriguinho e
finalizou de longe. Sidão caiu no canto para evitar a virada. No minuto
seguinte, grande troca de passes do Audax terminou com Camacho, que
driblou Cássio e mandou para o gol, mas Felipe salvou na linha.
A decisão, no entanto, ficou para a disputa de pênaltis.
NAS PENALIDADES DE NOVO
Em 2015, o Corinthians perdeu a semifinal para o Palmeiras, também em
sua casa, nos pênaltis. As cobranças, em 2016, também já foram
polêmicas, com muitos erros de diversos jogadores.
Nas duas primeiras cobranças, Velicka e André marcaram. Tchê Tchê
marcou o dele com categoria e o Audax ficou na frente quando Fagner
acertou a trave. Ítalo, com mais uma bela cobrança, abriu vantagem e, em
seguida, Sidão aumentou o buraco do Corinthians, defendendo a cobrança
de Rodriguinho, que ainda bateu na trave.