segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Tumulto mata 717 na Arábia Saudita


Tumulto mata 717 na Arábia Saudita e príncipe culpa africanos
MINA — Ao menos 717 pessoas que participavam de uma peregrinação morreram em um tumulto perto de Meca, na Arábia Saudita, no primeiro dia do Edi al-Adha (Grande Festa ou Festa do Sacrifício), informaram as autoridades sauditas. Cerca de 863 pessoas ficaram feridas no incidente no vale de Mina, a cerca de cinco quilômetros de Meca, na maior tragédia durante o Hajj — a peregrinação à cidade sagrada — em 25 anos no país. Em 1990, 1.426 peregrinos morreram em um tumulto num túnel de pedestres superlotado que dá acesso aos locais sagrados. Os incidentes levaram o governo saudita a implementar melhorias de segurança nos últimos anos.
Tumulto mata 717 na Arábia Saudita e príncipe culpa africanos
O tumulto eclodiu na manhã desta quinta-feira quando dois grandes grupos de peregrinos aglomeraram-se em um cruzamento de duas estradas, às 9h, quando se dirigiam à Jamarat — a estrutura na qual os fiéis apedrejam simbolicamente Satanás. De acordo com um comunicado da Defesa Civil difundido nas redes sociais, a multidão fez com que muitas pessoas caíssem e fossem esmagadas ou pisoteadas. O príncipe saudita Khaled al-Faisal responsabilizou "alguns peregrinos de nacionalidades africanas" pela confusão.

No Twitter, a Defesa Civil saudita afirmou que quatro mil efetivos foram enviados ao local do incidente, juntamente com mais de 220 unidades de emergência e resgate. Os feridos estão sendo levados a quatro hospitais da região.
Entre os mortos há peregrinos de vários países, incluindo iranianos, paquistaneses e indianos. Acredita-se que europeus também morreram na tragédia. Os estrangeiros representam cerca de três quartos dos 2 milhões de peregrinos estimados para o Hajj deste ano. Em nota, o Itamaraty afirmou que A Embaixada do Brasil em Riad não tem registro até o momento de vítimas de nacionalidade brasileira.
O Irã disse que pelo menos 89 dos seus cidadãos morreram em Mina e acusou a Arábia Saudita, seu inimigo, de erros de segurança em conexão com o desastre, segundo a agência AFP.
O ministro da Saúde saudita, Khaled al-Falih, por sua vez, culpou os peregrinos indisciplinados, dizendo que poderia ter sido evitado se eles tivessem "seguido as instruções".
Um muçulmano caminha entre corpos da tragédia que deixou centenas de mortos na peregrinação anual a Meca Foto: Uncredited / AP

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