terça-feira, 22 de novembro de 2016

Ameaçado de expulsão, Silas Freire é suspenso por 9 meses pelo PR; deputado contesta punição

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
O Partido da República (PR) decidiu suspender o deputado federal Silas Freire da sigla (PR-PI) por nove meses. A punição foi aplicada porque o parlamentar se absteve na primeira votação da Proposta de Emenda à Constituição 241, que ficou conhecida como a PEC do Teto de Gastos.  
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (21) pela Executiva Nacional do PR, que resolveu expulsar a deputada federal Clarissa Garotinho, do Rio de Janeiro, e suspender por 12 meses a deputada Zenaide Maia, do Rio Grande do Norte. As duas votaram contra a PEC.
"Vou esperar ser notificado da suspensão. Quero falar apenas da minha punição para não interferir no caso dos outros deputados. Eu ainda acho injusto porque acho que não cometi nenhuma infração. Votei com a minha consciência e com a população. Vou esperar ser notificado para decidir se vou recorrer ou não da decisão partidária. Mas a princípio eu acho injusta, porque eu tenho convicção de que não cometi nenhum erro", disse Silas Freire na tarde desta segunda-feira, ao saber da punição pela imprensa. 
O PR resolveu fechar questão em favor da PEC e abriu processo disciplinar no seu Conselho de Ética para punir os que não seguiram a votação. As decisões foram unânimes e são de caráter irrevogável, segundo a sigla. 
Silas Freire se absteve na primeira votação alegando na época não estar convencido sobre a proposta. Na segunda votação, o deputado votou contra a proposta de emenda à Constituição. 
No caso de Silas Freire e Zenaide Maia, a suspensão os impede de assumirem o cargo de líder da bancada na Câmara dos Deputados. O Código de Ética do PR prevê "a interdição do exercício político-partidário e a exclusão do nome do infrator de chapas do Partido para disputas eleitorais, durante o prazo da suspensão".
Já Clarrisa Garotinho foi expulsa, segundo o PR, porque a parlamentar foi além do voto contrário ao que determinou o partido, ao divulgar nota à imprensa encarada como tentativa de desmoralizar a sigla. 

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