Apesar de toda repercussão do caso Camilla Abreu, morta em outubro de 2017, o acusado do crime Allisson Wattson ainda não foi expulso do quadro da Polícia Militar, pois o processo de expulsão, já solicitado pela corporação, ainda está em andamento.
A Polícia Militar do Piauí se manifestou no dia 8 de fevereiro pela expulsão do capitão, mas quase três meses depois, continua recebendo salário normalmente, pago pelos trabalhadores piauienses, mesmo estando preso desde o ano passado.
Segundo a Coordenadoria de Comunicação do Piauí (CCOM), o processo chegou no Palácio de Karnak há poucos dias e deve ir às mãos do governador Wellington Dias em breve, mesmo assim, não garante sua expulsão definitiva.
Ainda segundo a CCOM, o processo será analisado pela equipe jurídica do governo até ser levado a W. Dias. O processo é burocrático e até a expulsão do acusado ainda resta uma última etapa que será feita pelo Tribunal de Justiça do Piauí, que depois de conferir o processo, deverá homologá-lo definitivamente.Até lá, Allisson Wattson continua ocupando o quadro da PM e recebendo seu salário.
A Coronel Elza, da asssessoria de imprensa do Comando Geral da Polícia Militar, informou que tudo que poderia fazer já foi feito, que foi enviar o pedido de expulsão de Allisson. “Agora o processo está com o Governo e resta esperar que seja dado andamento”, informou.
A advogada Ravenna Castro questionou através de postagem no Facebook a demora na expulsão do capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson dos quadros da corporação.
"O processo de expulsão do capitão Watsson, assassino de Camila Abreu, está engavetado no Karnak. Para nós, está claro. Watsson está sendo protegido por alguém. Eles não querem expulsar ele. Querem botar na reserva remunerada", disse a advogada, que é assistente de acusação do caso.
"Aqui a prioridade são os bandidos. As vítimas que se danem! Vamos peticionar aos órgãos internacionais de Direitos Humanos e denunciar. Já esperamos demais e não tivemos nenhuma resposta... Quero saber quem é o padrinho político do assassino?!!!! Estamos cansados dessa humilhação e falta de respeito", completou.
SOBRE O CRIME
Camilla Abreu, na época com 22 anos, era estudante de direito e namorava com o policial Allisson Wattson há 10 meses, quando no dia 26 de outubro de 2017, desapareceu após sair com ele. Depois de dias de investigação, a Delegacia de Homicídios descobriu que o militar teria matado a jovem com um tiro no rosto dentro do seu carro, jogado o corpo em um matagal e tentado limpar os indícios do crime, inclusive tentou se desfazer do veículo.
Camilla Abreu, na época com 22 anos, era estudante de direito e namorava com o policial Allisson Wattson há 10 meses, quando no dia 26 de outubro de 2017, desapareceu após sair com ele. Depois de dias de investigação, a Delegacia de Homicídios descobriu que o militar teria matado a jovem com um tiro no rosto dentro do seu carro, jogado o corpo em um matagal e tentado limpar os indícios do crime, inclusive tentou se desfazer do veículo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário