Ciro Nogueira e Firmino Filho: mesmo em partidos diferentes, os dois estão cada vez mais afinados
Em abril, quando terminou o prazo de desincompabilização para a disputa eleitoral deste ano, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, lamentou que o prefeito Firmino Filho (PSDB) não fosse candidato. Mas disse compreender a decisão de Firmino, diante dos compromissos com Teresina. Entre lamentos, Ciro completou as frases de efeito com uma que ganha cada vez mais sentido: o senador disse não ver uma nova eleição com Firmino no PSDB. Ou melhor: não vê uma nova eleição com Firmino fora do PP.
Não é só Ciro quem vê o prefeito de Teresina cada vez mais longe do tucanato – e mais próximo dos progressistas. Cresce no mundo político a certeza de que Firmino já tem o coração e a alma na sigla presidida por Ciro Nogueira. E há até quem se arrisque: a mudança de ano deve determinar também a mudança de sigla.
Os vínculos entre Firmino e Ciro ficaram evidentes desde janeiro do ano passado, quando anunciou-se a filiação da primeira-dama do município, Lucy Silveira, ao PP. Também o ex-prefeito Sílvio Mendes deixou o ninho tucano e mudou-se para o time Progressista. Naquele momento o prefeito atrelava seu futuro ao do senador.
A eleição deste ano está mostrando que a avaliação feita há mais de um ano e meio estava correta. Firmino tem em Ciro seu primeiro voto de senador. Tem em Margarete Coelho a principal candidata a deputada federal. E tem em Lucy sua opção para a Assembleia. Todos filiados ao PP.
As dúvidas sobre os vínculos do prefeito com o PSDB foram ampliadas com a demora em aceitar a candidatura de Luciano Nunes ao governo do Estado, apesar de ser do PSDB. Somente já na metade do ano Firmino resolveu sair andando com Luciano. Mas, para muitos analistas, já era tarde. O estrago estava feito.
Para alguns, a demora no apoio estaria justificada por um certo ciúme. Para outros, por desacreditar na viabilidade. Para muitos, porque o projeto de Firmino é outro.
Elogios a Marcelo Castro reforçam dúvidas
Todas as especulações sobre as ligações preferenciais do prefeito Firmino Filho com o PP de Ciro Nogueira ganharam força esta semana. Isso porque o prefeito apareceu na propaganda eleitoral de Marcelo Castro (MDB). Não pediu voto, mas encheu a bola do deputado, que agora disputa uma vaga ao Senado.
O elogio aconteceu no mesmo momento em que a aliança governista encabeçada por Wellington Dias (PT) organiza um esforço para casar os votos de Ciro e Marcelo. A ideia é dizer que quem vota em um, vota no outro. Firmino já vota em Ciro. E Ciro tenta puxar o segundo voto para seu colega de dis
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