É Natal!
Se ainda não no calendário gregoriano, que comanda nossa vida e onde a data está marcada para a próxima quinta-feira, ao menos no espírito natalino, caracterizado por essa vontade de abraçar e ser abraçado, de dar e ganhar presentes, de cantar e ouvir canções típicas, de viajar para reencontrar parentes e amigos ou ficar em casa para abrigá-los quando vêm de longe.
O espírito natalino começa a se manifestar no início de dezembro e se acentua depois da primeira semana do mês, quando surgem os primeiros enfeites e luzes coloridas nos prédios, em decoração cada vez mais incrementada, graças a tecnologias que realçam os desenhos e as cores nas fachadas e varandas.
É Natal!
E, como a maioria das pessoas, também eu estou tomado pelo espírito natalino. Minha vontade é abraçar todos que encontro pelo caminho, como forma de demonstrar a minha alegria. É verdade, costumo ficar contaminado por toda a espiritualidade do período natalino, que marca a história da humanidade há exatos dois mil e quatorze anos.
Meus pensamentos se voltam para a família – minha mulher, meus filhos, minha mãe e meus irmãos – e para os amigos e companheiros de trabalho, assim como para os concurseiros e concurseiras que estiveram conosco ao longo do ano, muitos dos quais continuarão em nossa companhia em 2015. Para todos, desejo que o Natal seja comemorado com alegria e prazer. Além disso, que a data também proporcione momentos de reflexão sobre o que cada um fez e o que poderá fazer de melhor a partir de agora.
Muito já se escreveu sobre o Natal e seu significado para os cristãos de todo o mundo. Na verdade, a data transcende o aspecto religioso e evoca sentimentos como amor, amizade, solidariedade, respeito ao próximo, fraternidade e fé. Mesmo com a excessiva comercialização que vivemos hoje, ainda são esses aspectos, juntamente com a religiosidade católica, que predominam na hora de saudar a chegada do Menino Jesus ao mundo.
Entre os escritos mais belos sobre o Natal, selecionei este poema de Manuel Bandeira, que considero uma pequena obra-prima da língua portuguesa. O poema tem o título Canto de Natal:
O nosso menino
Nasceu em Belém
Nasceu tão somente
Para querer bem.
Nasceu em Belém
Nasceu tão somente
Para querer bem.
Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.
Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.
Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.
A magia do Natal foi maravilhosamente interpretada por Manuel Bandeira nessas poucas linhas. Sem dúvida, essa é uma síntese perfeita do que se pode dizer sobre o 25 de Dezembro, data que se renova a cada ano, como se o evento que a marcou tanto tempo atrás tivesse acabado de acontecer.
Devemos comemorar o Natal com as esperanças renovadas no futuro, confiar nos projetos que temos e pedir que o Menino-Deus nos proteja e guie no caminho para realizá-los. Cada um de nós, à meia-noite de 24 de dezembro, deve elevar seus pensamentos e fazer seu pedido, acreditando que Ele nos proverá.
Aqueles que se preparam para concurso público, em particular, devem pedir com muita fé a força de Jesus, a fim de vencer as barreiras que encontrarão em sua caminhada e alcançar o grande presente da aprovação. Com a esperança renovada desde já, até o próximo Natal esses vitoriosos hão de comemorar a chegada ao seu esperado