O promotor de Castelo, Cezário Cavalcante, que acompanha o caso do estupro coletivo, confirmou na tarde desta quarta-feira (22) ao Cidadeverde.com a existência da carta escrita pelo adolescente Gleison Vieira da Silva, 17 anos.
“Eu tirei xerox da carta e anexei ao processo. Ela disse que tinha perdoado o filho e que ele se mostrava arrependido pelo crime e pedia perdão por não ter ouvido ela. É uma carta bem carinhosa”, disse o promotor.
Gleison foi espancado até a morte na última sexta-feira (17) dentro de alojamento do CEM (Centro Educacional Masculino). Ele é mais quatro pessoas – entre eles três adolescentes – dois de 15 anos e outro de 16 anos – são acusados de estupro coletivo contra quatro garotas no município de Castelo do Piauí ( a 190 km da capital piauiense).
A carta entregue para a mãe Elisabete Vieira da Silva, 35 anos, no dia 11 de julho, sete dias antes de sua morte, o adolescente pede perdão pelo que fez e por não ter sido um filho que ela sempre quis.
A carta foi divulgada pelo radialista, Ronaldo Mota, amigo da família. A mãe não quis falar com imprensa.
Cezário contou ainda que a mãe foi ao Fórum de Castelo para mostrar a carta. Ele disse que a mãe ficou de levar a cópia da certidão de óbito do Gleison para dar baixa nos processos que tramitam contra o menor na justiça.
A Polícia informou, na época que Gleison foi preso, que ele respondia a sete atos infracionais por roubos e furtos.
O adolescente Gleison Vieira da Silva, 17 anos, deixou uma carta escrita à mão para a mãe, uma semana antes de ser espancado até a morte. Na mensagem, o filho pede à mãe perdão pelo que fez, agradece seu amor e disse que não vai esquecê-la.
Gleison foi morto na última sexta-feira (17) dentro do alojamento do CEM (Centro Educacional Masculino) a socos e pontapés por três menores que dividia a cela com ele. Os quatro estavam na mesma cela condenados pelo crime de estupro coletivo contra garotas de Castelo do Piauí.
Veja a carta transcrita
“Mãe eu sinto muito a sua falta, eu quero que você me perdoe pelo que fiz. Eu sei que Deus me perdoa, agora eu quero o seu perdão. Desculpa mãe eu não ter sido o filho que você sempre quis, mais eu quero que você saiba que você nunca vai sair da minha mente, nem do meu coração. Mãe eu só peço que você lembre que tem um filho que te ama muito, eu sei que nunca recompensei tudo o que fez por mim, e que continua fazendo, obrigado por ser uma mãe tão boa, eu agradeço a Deus por ter você comigo. Eu nunca vou esquecer-me de você nem da minha Vovó, nem do meu padrasto.
Fica com Deus que aqui eu vou ficar com ele”.
Fica com Deus que aqui eu vou ficar com ele”.
A carta foi divulgada pelo radialista Ronaldo Mota, que mora em Castelo.
“Eu fui visita-la hoje e ela (Elisabete Vieira) estava chorando e me disse que tinha lido a carta que o filho deixou e me deu para divulgar no site Castelo”, disse Ronaldo Mota, que é proprietário do portal que divulga notícias da cidade.
A carta é escrita com erros ortográficos e mostra que o adolescente mesmo tendo 17 anos não tinha sido alfabetizado.
Na mensagem, o Adolescente ainda pede a mãe para ela guardar a carta durante três anos, em que cumpriria a medida socioeducativa.
Segundo Ronaldo, a mãe contou que toda vez que ler a carta relembra do filho e chora com saudades. Ronaldo garante que a carta é verdadeira e foi escrita por Gleison