Com o objetivo de garantir o apoio dos partidos aliados e a unidade da base no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto tem aproveitado o “recesso branco” na Câmara e no Senado para encaminhar as nomeações do chamado “segundo escalão” do governo, do qual fazem parte os cargos de chefia em empresas estatais, departamentos e órgãos vinculados a ministérios.
Segundo relatos de interlocutores da Presidência, nos últimos dias, a ordem interna tem sido “acelerar” as publicações no “Diário Oficial da União”. A intenção é que, com isso, logo que o Legislativo retomar os trabalhos, em agosto, a base aliada já esteja contemplada.
Como uma das formas de conseguir apoio de deputados e senadores em votações no plenário e nas comissões, o governo negocia com os partidos políticos e lideranças de bancadas as indicações para o segundo escalão.
Frequentemente, os responsáveis pela articulação política – Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) – são procurados por parlamentares, que levam a eles os nomes escolhidos pelas bancadas.
Para os próximos dias, por exemplo, dizem assessores do governo, é esperada a nomeação do novo presidente de Furnas. O mais cotado no Planalto é Ricardo Medeiros, atual diretor de Operação e Manutenção da empresa, e que conta com o aval do PMDB.
No caso de Itaipu, o governo diz que a indicação cabe ao DEM e que ainda espera uma definição do partido sobre o nome para comandar a estatal.
No caso de Itaipu, o governo diz que a indicação cabe ao DEM e que ainda espera uma definição do partido sobre o nome para comandar a estatal.
Enquanto isso, no Banco do Nordeste, afirmam interlocutores do Planalto, deverá ser confirmada até a semana que vem a permanência do atual presidente, Marcos Holanda, indicado pelo PMDB. Na Eletronorte, relatam assessores, ainda não há definição – a indicação também será do PMDB.
Para chefiar a Eletrobras, o governo já escolheu Wilson Ferreira Jr, que presidiu a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). A nomeação dele, no entanto, ainda depende da assembleia geral de acionistas da empresa, marcada para o dia 22, que elegerá o novo Conselho de Administração da estatal.
Publicações
Nos últimos dias, o governo publicou, no “Diário Oficial”, diversas nomeações no segundo e no terceiro escalões do governo. Foram confirmados, por exemplo, o novo diretor-geral da Imprensa Nacional, Pedro Ataíde; a nova presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Kênia Marcelino; e o novo chefe da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Marcelo José Almeida das Neves.
Nos últimos dias, o governo publicou, no “Diário Oficial”, diversas nomeações no segundo e no terceiro escalões do governo. Foram confirmados, por exemplo, o novo diretor-geral da Imprensa Nacional, Pedro Ataíde; a nova presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Kênia Marcelino; e o novo chefe da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Marcelo José Almeida das Neves.
Articulador político
Um dos responsáveis pela interlocução do governo com o Congresso Nacional e pela articulação política do Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, embarcou nesta quarta-feira (20) para Salvador (BA), onde ficará até o fim da próxima semana com a família.
Um dos responsáveis pela interlocução do governo com o Congresso Nacional e pela articulação política do Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, embarcou nesta quarta-feira (20) para Salvador (BA), onde ficará até o fim da próxima semana com a família.
Segundo auxiliares de Geddel, o ministro deixou as nomeações do segundo e do terceiro escalões “encaminhadas” para que a Casa Civil desse o aval para as publicações.
Conforme relatos, o peemedebista “garantiu a composição política” dessas indicações, após consenso com políticos aliados.
Conforme relatos, o peemedebista “garantiu a composição política” dessas indicações, após consenso com políticos aliados.