A palavra pode ser pequena, mas seu peso no nosso cotidiano é enorme. Tanto que para muitas pessoas é simplesmente muito difícil pronunciar a palavra "não". Porém, sempre aceitar tudo traz diversos malefícios. "O 'não' é tão importante que ele é um dos pilares do nosso psiquismo. Quando dizemos não para nós percebemos que somos limitados, incapazes de todas as ações. Diretamente ligado ao respeito, ele facilita nossas escolhas e assim criamos e/ou aumentamos nossa saúde mental", acredita a psicóloga e psicoterapeuta Frinéa Souza Brandão.
Além disso, evitar essa palavra pode envenenar as relações pessoais, já que pode haver uma insatisfação por parte da pessoa, mas sem oportunidade do outro mudar sua conduta para melhorar a situação. "As pessoas que não sabem dizer 'não' sofrem caladas ou explodem em horas impróprias. Há uma possibilidade maior de criar internamente um rancor contra as pessoas que a rodeiam", pondera a psicóloga clínica Marisa de Abreu.
Mas se esse é seu caso, não é preciso se sentir mal, de acordo com as especialistas, todos têm ou terão um momento em que dizer "não" será a atitude mais difícil a ser feita. "Isso está diretamente ligado a decisões e tomar decisões nem sempre é fácil. Porém, existem pessoas com grau acentuado dessa dificuldade em função da rejeição e carências", ensina a psicóloga Lizandra Arita, da Arita Treinamentos.
São diversos os motivos que levam alguém a temer usar a palavra "não", e cada um pede uma solução específica. Separamos os mais comuns, que são explicados pelas especialistas.
Querer sempre agradar
Alguns indivíduos têm a necessidade de sempre agradar os outros, e nesse cenário realmente fica difícil negar alguma coisa a alguém. "A criança que não se sente amada, fica numa busca incessante por reconhecimento. Ela faz tudo para agradar em busca de reconhecimento e quando não é correspondida, sente-se rejeitada. Esse sentimento gera nova necessidade de agradar para ganhar atenção e carinho", analisa Lizandra Arita. Para a especialista, o primeiro passo é reconquistar sua autoestima, mesmo que seja por meio da psicoterapia. Marisa de Abreu também salienta a importância de aprender a ser mais assertivo. "A assertividade é a arte de identificar qual a hora certa e o jeito elegante de dizer 'não'", define. Para a especialista, o primeiro passo é reconquistar sua autoestima, mesmo que seja por meio da psicoterapia. Marisa de Abreu também salienta a importância de aprender a ser mais assertivo. "A assertividade é a arte de identificar qual a hora certa e o jeito elegante de dizer 'não'", define.
Achar o problema do outro mais importante
Sim, de vez em quando a outra pessoa vai realmente ter um abacaxi maior que o seu para resolver. Mas pensar sempre assim é sinal de autoestima baixa, mais uma vez. "A pessoa nessa condição não se sente fortalecida e capaz o suficiente para negar algo para o outro que supostamente é mais importante que ela, mesmo que isso gere perdas e sacrifícios para ela própria", pondera Lizandra. Nesses casos, o ideal é prestar atenção a como você se sente ao falar o "sim". Caso a sensação seja ruim, alguma coisa está errada. Mas não precisa dizer um "não" imediatamente, e sim um "vou pensar", acredita a especialista. A psicóloga Marisa de Abreu também tem suas dicas: "Demonstre que você reconhece o sentimento ou a posição da outra pessoa, sem desmerecê-la, mas coloque também o seu lado da questão. E feche com o que você quer que aconteça, fazendo uma nova proposta", ensina.
Sim, de vez em quando a outra pessoa vai realmente ter um abacaxi maior que o seu para resolver. Mas pensar sempre assim é sinal de autoestima baixa, mais uma vez. "A pessoa nessa condição não se sente fortalecida e capaz o suficiente para negar algo para o outro que supostamente é mais importante que ela, mesmo que isso gere perdas e sacrifícios para ela própria", pondera Lizandra. Nesses casos, o ideal é prestar atenção a como você se sente ao falar o "sim". Caso a sensação seja ruim, alguma coisa está errada. Mas não precisa dizer um "não" imediatamente, e sim um "vou pensar", acredita a especialista. A psicóloga Marisa de Abreu também tem suas dicas: "Demonstre que você reconhece o sentimento ou a posição da outra pessoa, sem desmerecê-la, mas coloque também o seu lado da questão. E feche com o que você quer que aconteça, fazendo uma nova proposta", ensina.
Acreditar que pode fazer mais do que consegue
Por outro lado, uma autoestima nas alturas também pode tornar difícil dizer não. "Uma pessoa pode considerar que é mais poderosa do que realmente seria possível e com isso tenta reunir para si um número exagerado de atividades", avalia Marisa. Nesses casos, Frinéa Brandão sublinha a importância de dizer não a si mesmo, entrando em contato com a realidade.
Por outro lado, uma autoestima nas alturas também pode tornar difícil dizer não. "Uma pessoa pode considerar que é mais poderosa do que realmente seria possível e com isso tenta reunir para si um número exagerado de atividades", avalia Marisa. Nesses casos, Frinéa Brandão sublinha a importância de dizer não a si mesmo, entrando em contato com a realidade.
Não querer deixar uma oportunidade escapar
Algumas pessoas acumulam muitas funções justamente porque não querem deixar uma oportunidade imperdível para trás. O problema aqui, na verdade é mais de julgamento. "Elas precisam entender que tudo na vida tem limite e na verdade as boas oportunidades são raras. O que acontece muitas vezes é que quem apresenta é muito bom de marketing", explica Marisa. Nesses casos, é preciso saber muito bem o que se quer. "Defendo arduamente a elaboração de um projeto de vida para cada um dos meus pacientes e pessoas do meu relacionamento, porque uma pessoa que tem claro o que ela quer para a própria vida, carreira, relacionamento, a chance de responder corretamente a uma oportunidade é muito maior", argumenta Lizandra.
Ser muito prestativo
Existem também as pessoas que querem sempre ajudar e se dispõe a isso. Pode parecer uma qualidade, mas muitas vezes se torna um defeito que prejudica o próprio prestativo. "Este exagero em ajudar a todos sem se importar com seu próprio bem-estar pode ser reflexo do vício pela adrenalina desfrutada a cada ato prestativo", ensina Marisa. Essa também é uma forma de demonstrar insegurança. "Dependendo do grau, o indivíduo precisa de orientação de psicólogos. Se for um grau mais leve com a orientação de um amigo ou alguém querido da família o problema se resolve", ensina Frinéa.
Existem também as pessoas que querem sempre ajudar e se dispõe a isso. Pode parecer uma qualidade, mas muitas vezes se torna um defeito que prejudica o próprio prestativo. "Este exagero em ajudar a todos sem se importar com seu próprio bem-estar pode ser reflexo do vício pela adrenalina desfrutada a cada ato prestativo", ensina Marisa. Essa também é uma forma de demonstrar insegurança. "Dependendo do grau, o indivíduo precisa de orientação de psicólogos. Se for um grau mais leve com a orientação de um amigo ou alguém querido da família o problema se resolve", ensina Frinéa.