quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Rebelião em Parnaíba chega ao fim após mais de 12

O motim que paralisou a Penitenciária Mista de Parnaíba encerrou na manhã desta quarta-feira (16). Os presos se rebelaram cobrando por melhorias e um detento acabou ferido ao ser contido por um disparo de bala de borracha. A rebelião durou mais de 12h, já que começou as 19h de ontem (15) e a situação só voltou ao controle por volta das 8h.Rebelião em Parnaíba_04
Pela duração, a movimentação dos presos ser considerada uma das maiores no Piauí. Os detentos atearam fogo em colchões dentro dos pavilhões. O Corpo de Bombeiros esteve nolocal para apagar as chamas. Familiares dos detentos estão desde a noite de ontem, em frente à penitenciária, em busca de informações. O que se sabe é que, por conta dos incêndios, muitos presos inalaram bastante fumaça.Rebelião em Parnaíba_01
Sem líderes no motim, a Polícia teve dificuldade para negociar com os presos. No início da manhã desta quarta, alguns dos rebelados pediam a presença de suas esposas. A polícia iniciou a seleção de familiares que poderão entrar no presídio para conversar com os detentos.
Atualmente, a penitenciária está com o quadro de superlotação, pois abriga 440 detentos, mas tem como limite 220 vagas. O delegado Eduardo Ferreira informou que a rebelião pode ter sido motivada pela greve dos agentes penitenciária e a suspensão de visitas.Rebelião em Parnaíba_03
De acordo com o major Adriano Lucena, comandante da Polícia Militar em Parnaíba, há três detentos com ferimentos leves e não há registros de mortos no presídio.Rebelião em Parnaíba_02
“A rebelião está sob controle, os policiais fizeram o manejo dos presos e o Corpo de Bombeiros fez o rescaldo do incêndio. A presença da polícia foi para garantir que os bombeiros possam fazer seu trabalho com tranquilidade. O patrimônio pode, mas vidas humanas não podem ser repostas. O objetivo foi manter os detentos dentro da Penitenciária e evitar que saíssem, minimizando o uso da força. Não há registros de fugas, os três feridos já foram medicados e agora fazemos revistas nos pavilhões”, declarou.

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