quarta-feira, 27 de abril de 2016

Marcelo Castro pede demissão do Ministério da Saúde.




BRASÍLIA - Penúltimo peemedebista no ministério da presidente Dilma Rousseff, Marcelo Castro vai entregar ainda nesta quarta-feira sua carta de demissão à presidente, após ter perdido o apoio da bancada na Câmara para permanecer no cargo.
Na semana passada, Eduardo Braga (Minas e Energia) e Hélder Barbalho (Portos) entregaram seus cargos e o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) decidiu não retornar ao Ministério de Ciência e Tecnologia, depois de ter sido exonerado para votar contra o impeachment.


Como o GLOBO antecipou, ficou definido que Marcelo Castro também deixaria o ministério no movimento de afastamento do PMDB do governo Dilma, após a aprovação do impeachment na Câmara. Com isto, Kátia Abreu passa a ser a única ministra remanescente do PMDB. Porém, por ser “cristã nova” no partido, ela não é considerada uma indicação peemedebista, mas uma escolha pessoal da presidente Dilma.
Ontem, Castro conversou com o chefe de gabinete de Dilma, Jaques Wagner, e comunicou sua decisão. O ministro disse a Wagner que os deputados peemedebistas que o haviam indicado para o cargo deixaram de respaldar seu nome após a aprovação do impeachment na Câmara. Com isto, afirmou o ministro, perdeu as condições de permanecer na vaga.

A demissão deve ser publicada em edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira. Segundo integrantes do governo, por hora, deve assumir o comando da pasta o secretário-executivo, Agenor Álvares.
A decisão de Castro e de Pansera foi tomada na semana passada após conversa com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que os comunicou que a bancada retirou o respaldo às indicações de seus nomes após a votação do impeachment. Como a bancada de deputados decidiu, por ampla maioria, apoiar o afastamento de Dilma Rousseff, Picciani considerou que a permanência no governo não seria coerente.
— Conversei com Marcelo Castro e Celso Pansera e disse que achava que eles não deveriam ficar, porque tinham sido indicados pela bancada e, nesse momento, não há mais respaldo da bancada. Eles já cumpriram as responsabilidades deles com o governo e com o país e, agora, devem retornar à Câmara — disse Picciani ao GLOBO.


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