A movimentação das principais lideranças políticas do Piauí, neste início de ano, indica que 2018 já chegou no Estado. O governador Wellington Dias enfrenta a resistência interna do PT e procura matar o partido no cansaço para agasalhar o PMDB em seu governo, de olho na reeleição.
O presidente nacional do Sesi, ex-ministro João Henrique Sousa, corre por fora para tentar viabilizar no PMDB a sua candidatura ao governo. Não está sendo fácil, pois o seu partido não é de deixar o certo pelo duvidoso. O certo, a estas alturas, é um saco de bondade que o governador oferece à sigla.
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, outro que precisa renovar o mandato no próximo ano, sabe que o PT, seu aliado de primeira hora nas eleições de 2010, o tem agora como um golpista, depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Diante da frágil relação com os petistas piauienses, ele procura ar fora da atual base governista no Piauí para respirar.
A ida de tucanos emplumados para o PP, como o ex-prefeito Silvio Mendes, se apresenta, por sua vez, como uma operação de alto risco. À primeira vista, parece que é um atalho escolhido pelo prefeito Firmino Filho para, se necessário, se juntar ao PT lá na frente, se esta for a solução na tentativa de salvar o mandato do senador Ciro Nogueira, para ele um aliado muito caro. O risco, no entanto, é o de os tucanos estarem correndo para uma casa que está pegando fogo.
É este, em suma, o cenário dos arranjos políticos para as próximas eleições no Piauí.
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