Wellington, nos estúdios da Rádio Cidade Verde, revela desejar o apoio oficial do PMDB
Na entrevista ao Acorda Piauí, na Rádio Cidade Verde, hoje pela manhã, o governador Wellington Dias foi contundente: quer o PMDB formalmente dentro do governo. A fala de Wellington é um aceno direto ao PMDB que, no entanto, pode não ser correspondido. Motivo: o PMDB quase todo está no governo, mas sem ônus da adesão oficial.
Do jeito que está, está ótimo para os peemedebbistas. E o governador quer mais, na intenção de costurar de vez as bases para um projeto de reeleição em 2018 – a disputa do quarto mandato no Palácio de Karnak. Nos cálculos do petista, dois partidos são fundamentais: além do PMDB, o PP de Ciro Nogueira. Mas sabe que os desdobramentos – sobretudo os fatos nacionais – podem bagunçar o cenário político. E que a aliança com PP e PMDB pode se complicar. Daí o desejo de ter o PMDB formalmente aliado. Transformar um caso em casamento.
No final do ano passado, os peemedebistas – especialmente a bancada do partido na Assembleia – chegou a comemorar o ingresso no governo, com a conquista de importantes secretarias. Mas o acerto desandou, principalmente pela reação interna do PT, que não quer ceder espaço no governo. Agora Wellington voltas à carga.
Dentro do PMDB, são poucos os que não têm alguma participação no governo estadual. Dois nomes em destaque: a deputada Juliana Falcão e o ex-ministro João Henrique, este empenhado em movimentar as bases partidárias em torno de um projeto de candidatura própria ao governo. Assim, o esforço de Wellington é apenas a oficialização do que já existe, com algum espaço a mais.
A atração imediata do PMDB tem particular empenho e dedicação do deputado Marcelo Castro, que deseja atrelar a essa decisão o compromisso de apoio à reeleição de Wellington, em 2018. É aí onde o ânimo governista do PMDB perde um pouco de viço, porque quase todos desejam usufruir do governo mas sem ter esse compromisso futuro amarrado.
Mas se o PMDB joga com esperteza, vale lembrar que poucos conseguem ser tão hábeis na política como Wellington. O governador sabe cortejar, atraindo para junto de si quase todos, inclusive o não-aliados. Mas também sabe se fazer de morto quando as coisas não estão ao seu feitio.
Nos próximos dias saberemos qual será o comportamento do governador
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