quinta-feira, 16 de março de 2017

Conheça a história de São Longuinho, o santo das coisas perdidas

São Longuinho talvez seja uma das figuras mais populares da Igreja Católica, já que ultrapassa a barreira dessa religião e encontra “seguidores” nas mais diferentes crenças, principalmente entre os brasileiros. Quem nunca fez a sua “reza” (São Longuinho, São Longuinho, se eu achar dou 3 pulinhos) é porque nunca perdeu nada de valor. Mas, afinal, quem foi esse mestre em achar objetos perdidos?
Longinus, também chamado de Cássio, nasceu nos primeiros anos da nossa era, e seu nome significa “Uma Lança”. Acredita-se que ele tenha sido o soldado romano que, justamente com uma lança, perfurou o corpo crucificado de Jesus Cristo, conforme história narrada no Evangelho de São João. Além dele, os evangelistas São Mateus, São Lucas e São Marcos também citam o seu nome.
Longinus teria sido um dos primeiros a reconhecer Jesus Cristo como filho de Deus (Crédito: Reprodução)
Longinus teria sido um dos primeiros a reconhecer Jesus Cristo como filho de Deus (Crédito: Reprodução)
Esses apóstolos dizem que foi Longinus o primeiro a reconhecer Jesus como o filho de Deus. Alguns historiadores acreditam que ele, enquanto soldado, fazia guarda no sepulcro dos crucifixos e acompanhava todas as crucificações. Após a de Cristo, ele teria se convertido porque o sangue espirrou em seus olhos, curou um problema de visão e o fez “cair em si”.
Três pulinhos
Ao abandonar o exército, Longinus passou a peregrinar e a levar a palavra de Cristo, principalmente na região da Capadócia. Ele foi descoberto e denunciado como desertor a Pôncio Pilatos, que o condenou à morte caso não renunciasse à fé. Longinus se manteve firme em seu pensamento, mesmo após ter sido torturado, os dentes arrancados e a língua cortada. Por fim, acabou decapitado.
Estátua de São Longuinho na basílica de São Pedro (Crédito: Reprodução)
Estátua de São Longuinho na basílica de São Pedro (Crédito: Reprodução)
Ele foi canonizado no ano de 999, pelo papa Silvestre 2º. Acredita-se que os documentos para o processo estavam perdidos e que o papa invocou o próprio aspirante a santo para ajudá-lo a encontrar os papéis. Se essa é uma história real ou apenas lenda urbana, ninguém sabe; mas talvez venha daí a tradição de chamar o seu nome para encontrar o que está perdido. Já os pulinhos ninguém sabe quando surgiram.
Na basílica de São Pedro, em Roma, uma estátua de São Longuinho está colocada ao lado de um dos 4 pilares que sustentam a cúpula que está sobre o trono do papa. Atualmente, a Igreja Católica celebra o seu nome no dia 15 de março. E quando se lembrar dele, não se esqueça de dar os 3 pulinhos, hein? 

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