Militância petista vaia Ciro Nogueira
Mesmo estando a 2 mil quilômetros de Teresina, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, foi alvo de um barulhento protesto em Teresina. Foi durante o ato “Diálogos e Debates sobre os desafios do PT”, no final de semana. Bastou que seu nome fosse anunciado no evento para que explodisse no plenário e nas galarias da Câmara Municipal de Teresina uma manifestação contra ele.
Chamado de golpista, o senador estava na verdade em Brasília. Ele foi atacado pela militância petista quando o presidente da mesa dos trabalhos, vereador Dudu, o convidou para compor a mesa de honra. Os petistas gritavam, em coro, que “golpista e traidor aqui não entra”.
O inesperado protesto causou tensão entre os organizadores do encontro e interrompeu o evento por mais de 5 minutos. A muito custo, os organizadores conseguiram acalmar os manifestantes, que se levantaram, gritaram e gesticularam muito reprovando a deferência a Ciro Nogueira.
O protesto foi feito na presença dos senadores Gleisi Hoffman e Lindberg Farias, que vieram a Teresina para o evento do PT. Também estavam à mesa o governador Wellington Dias e o novo presidente regional do partido, deputado federal Assis Carvalho, além da senadora Regina Sousa, do ex-ministro Alexandre Padilha, da Saúde, e lideranças locais do partido.
Ciro nem foi convidado
O deputado Assis Carvalho afirmou que houve um erro de comunicação que acabou gerando a desconfortável situação. Ele reconheceu que o episódio causou um constrangimento desnecessário e informou que o senador nem fora convidado para o evento.
Não é a primeira vez que as lideranças do PP passam por esse tipo de constrangimento no Piauí. No final do mês passado, a deputada federal Iracema Portella foi cercada por um grupo de petistas, no município de Queimada Nova, quando visita a cidade.
Ela também foi chamada de golpista por ter votado a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
As manifestações sinalizam as dificuldades que o senador Ciro Nogueira, o governador Wellington Dias e a vice-governadora Margarete Coelho terão para levar até as eleições de 2018 a aliança que fizeram no Piauí.
Como todos sabem, a militância do PT é aguerrida e não deixará barato a posição do PP em relação ao impeachment e às reformas trabalhista e previdenciária.
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