Atualizada às 18h20
A Delegacia de Homicídios confirmou na tarde desta terça-feira (31) que o corpo da estudante Camila Pereira Abreu, 21 anos, foi encontrado no povoado Mucuim, na zona rural de Teresina. A estudante foi achada por populares da região que acionaram a polícia. Um primo dela que é cabo do 5º Batalhão da PM ajudou a polícia a reconhecer a jovem.
"Nós fizemos uma primeira investida pela manhã na região, mas não encontramos o corpo, mas agora a tarde conseguimos localizar no povoado Mucuim.", disse o delegado Francisco Costa, o Baretta, que confirmou a prisão do suspeito, o capitão da Polícia Militar, Alisson Watson.
"O capitão já está preso e o carro apreendido. Fizemos barba, cabelo e bigode. Estou indo com o IML e a perícia criminal até o local", disse o delegado. O capitão foi ouvido no começo da noite na Delegacia da Homicídios. O carro dele, um Corolla azul 2010, foi apreendido. Alisson foi detido em casa.
Abalado, o tio da vítima, Jandeilton Rodrigues, disse que a família vai aguardar a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal (IML).
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí confirmou em nota que Alisson Watson foi preso na tarde desta terça-feira.
Veja na íntegra nota da Segurança:A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP – PI) informa que o capitão da Polícia Militar, Alisson Watson, foi preso na tarde desta terça-feira (31), suspeito de assassinar a estudante Camila Abreu . O corpo da vítima foi encontrado no povoado Mucuim, localizado em uma entrada após o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR- 343. O delegado Francisco Costa “O Bareta” está em deslocamento e poderá conceder entrevistas no local.
Jean Carlos, pai de Camilla esteve no local onde o corpo foi encontrado, no povoado Mucuim, zona Rural da capital. Ele desabafou sua revolta sobre o caso e disse que ainda tinha esperanças de encontrar a filha viva.
"Esperava encontrar ela viva, mas vendo aqui a gente só sente revolta de ela ter se misturado com um homem desse fardado de Polícia. Não tenho nem palavras para descrever a dor. Eu quero lamentar que existir um cara desse fardado na PM. Ele merece ser é preso. Eu avisei muito pra ela, infelizmente o pai avisa. Se eu soubesse antes, do histórico de violência dele, não teria aceitado, tinha dado um jeito. Eu tenho um salão e cheguei a cortar o cabelo dele aqui. Eu nunca gostei muito dele, sempre desconfiava", lamentou o pai.
O pai afirmou ainda que na quinta-feira o capitão esteve no quartel da Polícia Militar para entregar a sua arma. "Na quarta ele matou, na quinta ele foi deixar a pistola dele no quartel que nessa hora já era pra terem pego ele", completou.
Jean Carlos disse ainda que o policial passava em frente a casa da estudante quando estava de serviço para saber se ela estava na calçada. "Ele vinha de viatura mesmo só olhar se ela estava aqui. Meus vizinhos falaram tudo", conclui o pai, que agora segue com o corpo para o Instituto Médico Legal de Teresina.
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