Por 44 votos a 26, o plenário do Senado derrubou nesta terça-feira (17), a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que havia determinado o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato no dia 26 de setembro. Após a decisão, o tucano poderá retomar as atividades parlamentares.
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A sessão para decidir sobre o seu afastamento começou por volta das 17h e, ao todo, a discussão sobre o assunto durou cerca de três horas.
Ao todo 71 dos 81 senadores compareceram à sessão. Não houve abstenções. Faltaram à sessão 9 senadores, além do próprio Aécio.Até mesmo senadores em licença médica participaram da votação.
PMDB, PSDB, PP, PR, PRB, PROS e PTC orientaram os senadores das respectivas bancadas a votar "não", ou seja, contra o afastamento.
Já PT, PSB, Pode, PDT, PSC e Rede orientaram voto a favor da decisão da Turma do Supremo. DEM e PSD liberaram os senadores a votar como quisessem.
Na tribuna, senadores se alternaram para discursar a favor ou contra o afastamento de Aécio.
Aécio foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS,
Segundo a PGR, ele pediu e recebeu R$ 2 milhões da JBS como propina. A procuradoria afirma também que Aécio atuou em conjunto com o presidente Michel Temer para impedir o andamento da Lava Jato.
O senador tem negado as acusações desde o início das investigações dizendo ser "vítima de armação".
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