Ciro Nogueira e Firmino Filho: senador tenta levar o prefeito para o governo e manter força na disputa pelo lugar de vice de Wellington
O cobiçado lugar de vice na chapa a ser encabeçada pelo governador Wellington Dias (PT), nas eleições deste ano, parece cada vez mais longe do Progressista (PP), o partido comandado aqui e nacionalmente pelo senador Ciro Nogueira. Essa distância é tão maior quanto menor é a repercussão à reivindicação que a sigla faz do posto ocupado por Margarete Coelho. Mas Ciro não se dá por vencido. E reage.
Nos últimos dias, tanto Ciro como o seu fiel escudeiro, o presidente regional do PP, o deputado estadual Júlio Arcoverde, voltaram à mídia para dizer que não abrem mão do lugar. Ciro até repetiu o que a própria Margarete já havia dito ao Jornal do Piauí (TV Cidade Verde) há duas semanas: o vice deve ser um nome capaz de unir o grupo governista, independente do partido.
Esse tipo de fala tem cada vez menos repercussão nos gabinetes políticos. É uma situação bem diferente da verificada há pouco mais de um mês. Vale lembrar, até o final de dezembro a reivindicação da vice pelo Progressista era um Deus nos acuda, sobretudo no palácio de Karnak. Parecia que o caminho era bem claro: ou Ciro levava a vice para o seu PP ou carregava a sigla para a oposição. Desde lá, mudou muita coisa.
A perda de força da reivindicação do PP está associada a alguns acontecimentos. Primeiro, o fortalecimento do MDB de Themístocles Filho, este cada vez mais próximo do lugar de vice na chapa. Segundo, o surgimento da candidatura Luciano Filho (PSDB), que não descartou mas tirou força de uma possível candidatura do prefeitom Firmino Filho (PSDB) ao governo, em um hipotético entendimento com Ciro.
A possibilidade da candidatura de Firmino funcionava como uma espada que Ciro deixava suspensa sobre a cabeça de Wellington Dias. Funcionava como quem diz: eu tenho alternativa. Com a alternativa Firmino perdendo vigor, agora Ciro repete algo que já disse há mais de ano mas que já estava esquecida: quer levar Firmino para a situação. Para apoiar Wellington.
O gesto pode ser lido agora como uma reação. O brado do PP para dizer que não saiu da briga.
Ao falar em levar Firmino para a situação é uma tentativa de Ciro no sentido de voltar a recobrar força na discussão pelo lugar de vice e de reaproximar o Progressista da antiga reivindicação. Se conseguir levar o prefeito tucano para o palanque petista, dá um tiro poderoso contra as oposições, ampliando a possibilidade de sucesso de uma chapa encabeçada por Wellington. Resta saber se a proposta anima o governador, tendo em conta que ela significaria problemas com o MDB e particularmente com Themístocles, que não se bica com o prefeito
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