detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, foi pré-selecionada para obter empréstimos para pagar a mensalidade em uma universidade católica privada em Taubaté (SP). O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) divulgou nesta segunda-feira (13) a lista com os nomes dos candidatos aprovados.
Com o nome na lista dos selecionados, o governo pode pagar até 100% do valor do curso da detenta. Para ter direito de acessar o programa, a presa tem que concluir a inscrição no SisFies até esta terça-feira (14).
Suzane se cadastrou para fazer o curso de administração, que é presencial, no período noturno da faculdade Dehoniana. De acordo com as informações obtidas pelo G1 no site do Fies, havia apenas duas vagas disponíveis no Fies para o perfil escolhido pela presa.
No Fies, os estudantes são classificados a partir da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Suzane teria obtido nota 675,08 no exame, que foi feito nos dias 13 e 14 de dezembro de 2016 dentro da penitenciária Santa Matia Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), onde ela está desde 2006.
Agora, com o resultado da pré-seleção, a Defensoria Pública, que defenda Suzane, deve entrar com pedido na Vara de Execuções Criminais (VEC) para que ela faça faculdade. Cabe à juíza Sueli Zeraik analisar o pedido - que ainda não foi entregue ao judiciário e pode ser recusado.
A faculdade Dehoniana informou que não foi realizada a matrícula da presa e que a lista dos aprovados no Fies não foi entregue à instituição até o fim da tarde desta segunda -feira. As aulas na faculdade começaram no último 6 e a mensalidade do curso custa R$ 596 ao mês.
A Defensoria Pública foi procurada pelo G1, mas informou que como o processo de Suzane Richthofen tramita em sigilo, que não poderia se pronunciar sobre o assunto. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) também foi procurada, e a reportagem aguardava o retorno.
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Estudo
Em abril de 2016, a Justiça de São Paulo autorizou Suzane a frequentar o curso de administração. Na época, o G1 apurou que ela tinha interesse em ingressar na Universidade Anhanguera de Taubaté.
Em abril de 2016, a Justiça de São Paulo autorizou Suzane a frequentar o curso de administração. Na época, o G1 apurou que ela tinha interesse em ingressar na Universidade Anhanguera de Taubaté.
No entanto, por medo do assédio fora da prisão, ela fez um pedido à Justiça para cursar faculdade na modalidade a distância. Por falta de recursos tecnológicos e aparato, como computadores disponíveis, a presa teve o pedido foi negado.
A detenta está no regime semiaberto desde outubro de 2015 - nele, além do direito a cinco saídas temporárias por ano, Suzane pode solicitar autorização para estudar.
(*) Colaborou Luara Leimig
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