Candidatos reprovados no concurso público para soldado da Polícia Militar (PM), cujo resultado da primeira fase, a das provas objetivas, foi divulgado na terça-feira, encaminharam para o governador Wellington Dias, para o secretário estadual de Segurança Pública, Fábio Abreu, e para o comandante da PM, coronel Carlos Augusto, documentos, fotografias e arquivos de computadores mostrando que 28 dos 400 aprovados no certame chegaram a ser presos ou foram excluídos da relação dos aprovados no concurso para o Corpo de Bombeiros, que foi anulado por fraudes.
Os próprios candidatos reprovados fazem a ressalva de que os aprovados no concurso para soldado da PM podem ter conseguido a aprovação por méritos intelectuais, mas acham estranho as coincidências, como dois irmãos aprovados, que obtiveram o mesmo número de pontos: 67 pontos.
Um dos candidatos aprovado tinha ficado preso por 15 dias, acusado de participação em fraude de concurso público.
Um candidato e uma candidata foram aprovados no concurso público para soldado da Polícia Militar e eram casados durante a aplicação das provas do concurso. Ele foi reprovado durante o curso de formação de Bombeiros por ter sido reprovado em três disciplinas.
Após a descoberta da fraude no concurso para o Corpo de Bombeiros, ele chegou a ser preso e sua irmã foi presa em flagrante acusada de tentativa de fraude para agente penitenciário da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) por ter sido flagrada com um papel que continha o gabarito da prova em manuscrito. Presa, ela falou que um amigo do irmão havia lhe passado as respostas.
Segundo a denúncia da Polícia Civil, o aprovado, sua mulher e sua irmã teriam pago R$ 5 mil pelo gabarito do concurso público para o Corpo de Bombeiros. Os que foram acusados de fraudar o concurso do Corpo de Bombeiros não poderiam ter feito o de soldado da PM, mas muitos fizeram e foram aprovados.