O ex-senador João Vicente Claudino está preparando o terreno para voltar à cena política. Já sinalizou que deve voltar ao PTB e agora começa a avaliar a administração estadual. Eleitor do governador Wellington Dias em 2014, João Vicente admite em entrevista exclusiva à TV Cidade Verde que a política está sendo colocada na frente dos interesses do Estado. O ex-parlamentar cita a crise como exemplo.
“Ações mais firmes para que o Estado ultrapassasse com mais tranquilidade a crise foram colocadas de lado para agir de uma maneira política. A gestão não pode ter a política como fim. A política pode ser o início e no máximo o meio, mas o objetivo maior não deve ser a política. A sociedade espera que o governo seja para fora e não para dentro, ou seja, para políticos e partidos. Nós gastamos muita energia no Piauí preocupados com política e fazendo política. A gente precisa ter dentro de uma reforma do estado, buscar a eficiência administrativa”, avalia JVC.
Apesar da avaliação negativa que faz da administração estadual, João Vicente afirma que não se arrependeu de apoiar o governador na última eleição.
“Em política, como na vida, eu procuro não me arrepender de nada. Até nos erros e acertos, a gente tem que ter a autocrítica de saber onde erramos e acertamos. Na política nós achamos que quando tivemos uma derrota nós fizemos tudo errado ou quando vencemos fizemos tudo certo. Nenhuma das duas são verdades absolutas. Não me arrependo das minhas tomadas de decisões”, disse.
Situação conturbada no Piauí e em Brasília. Para o ex-senador, o cenário político nacional ainda é de muita confusão. “A situação política continua conturbada. Chega uma segunda denúncia contra o presidente que será votada pela Câmara. Ainda não sabemos o resultado dessa denúncia, se terá o mesmo caráter da outra quando foi arquivada. Mas, independente disso, enquanto há essas operações de conclusão de Lava-Jato, indiciamento de pessoas, políticos, julgamento de processos, isso não deixa de trazer para o ambiente político muita confusão. Agora, isso mostra o país num ritmo diferente. Começa a descolar o momento político do momento econômico. O Brasil sofreu a maior crise da história. Pelos dados que se colocam nós não vamos conseguir recuperar agora em 2017, 2018 e 2019, mas só em 2020 com a retomada da economia”, analisa.
Já na sucessão presidencial, JVC disse que tudo ainda está em aberto. Na sua opinião, os nomes postos até o momento podem não se sustentar até 2018.
“Está totalmente aberto. Eu não sei quem disputará a eleição para presidente em 2018. Se tem nomes citados, nomes que criam até divisões internas em determinados partidos. Mas não sei se sustentará até o momento da eleição. É totalmente em aberto”, finalizou.
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