Gilberto Braga já mostrou que em Babilônia, novela da TV Globo que estreou esta semana, pretende mexer em diversas feridas da instituição “família brasileira”. E com o núcleo da construtora Souza Rangel, comandada pela personagem de Glória Pires, o autor pretende mostrar como funciona o submundo dos esquemas de fraude em licitações das prefeituras brasileiras.
Em um diálogo com o personagem Pedro Carvalho (André Bankoff), Beatriz Rangel (Glória Pires) mostra interesse em comprar ações de uma empreiteira
do Piauí, que disputa licitação com a Souza Rangel para uma obra no Maranhão, para poder vencer o processo. Isso, porque a fictícia empresa
piauiense tem “fortes ligações políticas”, que ajudariam a ganhar a licitação.
Veja o diálogo:Pedro Carvalho: Fiz o que você me pediu. Eu pesquisei a nossa concorrente na liciBeatriz Rangel: Eu nunca ouvi falar nesta empreiteiratação nas obras do Maranhão.Pedro Carvalho: De pequeno porte, baseada lá no Piauí. Ia ser uma ameaça pra gente se não fosse só um detalhe. Ela é cheia de conexões políticas com as prefeituras locais
Ainda no mesmo capitulo, Beatriz Rangel conta ao marido, Evandro (Cássio Gabus Mendes) mais detalhes de como se daria a fraude. Ela cita até o uso de laranjas para participarem do processo licitatório a fim de garantir o contrato com a prefeitura.
Beatriz Rangel: Cheguei..
Evandro Rangel: Como é que vão as coisas no escritório?
Beatriz Rangel: Maravilhosas... Olha, eu tive uma ideia. Brilhante, modéstia à parte.
Evandro Rangel: Conta...
Beatriz Rangel: Nós vamos nos associar a uma empreiteira no Piauí, que tem as melhores conexões com as principais prefeituras da região.
Evandro Rangel: Eu passei a manhã inteira no golfe para fugir desses assuntos e você vai fazer o favor de estragar o meu dia...
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