quinta-feira, 19 de março de 2015

SAÚDE-Ovo: um alimento saboroso e que oferece muitos benefícios à saúde

Seja na salada, seja para fazer uma omelete, o ovo faz parte da dieta da maioria das pessoas. E embora seja um alimento bastante apreciado pela população, muita gente ainda não conhece todos os benefícios que ele oferece à saúde, não sabe com que frequência ele pode ser consumido, entre outras informações importantes
Jackeline Taglieta, nutricionista pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela Unicsul, diz que o ovo é um alimento riquíssimo em nutrientes. “Em destaque, proteínas, carotenoides (zeaxantina e luteína), colina, biotina, vitamina D, vitamina A, vitamina E e gorduras insaturadas. E além de ser ótimo em termos de nutrientes, é um alimento de custo acessível, muito mais barato que a carne, por exemplo”, explica. Benefícios De acordo com a nutricionista Jackeline, o ovo oferece diversos benefícios à saúde. Entre eles, destacam-se: - Confere saciedade e nutrição para os músculos devido ao seu teor proteico. - Pelo conteúdo de zeaxantina e luteína, protege os olhos contra degeneração causada por danos fotoprotetores. - É importante para a memória e o aprendizado, por conter colina – nutriente essencial para a formação do neurotransmissor acetilcolina responsável pelas funções cognitivas. - O ovo é ainda grande aliado da saúde dos cabelos, unhas e pele, não somente pela proteína, mas, principalmente, por conter biotina, a chamada “vitamina da beleza”. - Favorece a saúde óssea e a regulação de praticamente todas funções metabólicas, pelo conteúdo de vitamina D, e também reforça a imunidade com a presença da vitamina A. - Em dietas de emagrecimento, o ovo é também uma ótima opção de alimento, pois, por conter proteína, ajuda na saciedade e logo, no controle do apetite. - E, ao contrário do que se cogitava há algum tempo atrás, o ovo confere proteção cardiovascular, por conter vitamina E, que é altamente antioxidante, e pelo seu perfil de gorduras insaturadas. Os diferentes tipos de ovos Jackeline Taglieta destaca que existem ovos bancos e ovos vermelhos, o que, em termos nutricionais, não tem significância, pois a diferença se refere apenas às raças das galinhas. “O que importa mesmo é saber se o ovo é de granja, caipira ou orgânico. Os de maior valor nutricional são os últimos dois, pois as galinhas são criadas livres e ciscam – o que eleva a quantidade de carotenoides no ovo. E quanto mais alaranjada a gema, maior seu teor de zeaxantina e luteína”, explica a nutricionista. Além disso, acrescenta Jackeline, o maior valor nutricional também está relacionado à ausência de resíduos químicos nos ovos das galinhas caipiras e das criadas no sistema orgânico, pois estas não recebem medicações, nem promotores de crescimento. “Ao contrário, galinhas confinadas recebem essas e outras substâncias, como quimioterápicos, antifúngicos e corantes, adicionadas à própria ração”, explica. Há ainda o ovo de codorna. “Mas, visivelmente, pela coloração esbranquiçada da gema, ele tem menor conteúdo de carotenoides”, diz a nutricionista. Como consumi-lo? A nutricionista Jackeline explica que, de maneira geral (salvo contraindicações), pode-se consumir um a dois ovos de galinha diariamente. “Mas vale ressaltar que, quanto mais diversificada for a alimentação, melhor para o organismo”, diz. A melhor forma de consumir um ovo é nas versões cozida ou poché, em que não se usam óleos. “Se for mexido ou grelhado, não deve ser feito com excesso de óleo ou manteiga no preparo (use o suficiente apenas para não grudar na panela)”, diz a nutricionista Jackeline. O ovo não deve ser consumido frito, “pois a fritura descaracteriza os efeitos benéficos do alimento na saúde cardiovascular, aumentando, por si só, os riscos de aterosclerose e desequilíbrios no colesterol”, destaca a nutricionista. A profissional acrescenta ainda que o consumo de ovos crus não é recomendado pelo alto risco de contaminação por salmonela. “E a gema parcialmente mole somente deve ser consumida de ovos de procedência confiável”, diz. Jackeline lembra ainda que a casca do ovo deve sempre ser lavada antes de sua quebra, para retirar as sujidades, minimizando o risco de contaminação.

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