sábado, 5 de dezembro de 2015

CNH pode custar até R$ 2.200 a partir de janeiro

valor da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) terá um aumento de 35%, em 2016, com preços que podem chegar a R$ 2.200. Os usuários que não quiserem tirar a habilitação com o aumento, têm até o dia 30 de dezembro para realizar as matriculas nas autoescolas, último dia em que os valores atuais ainda estarão em vigor.
O aumento é reflexo da determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), através da qual as autoescolas serão obrigadas a utilizar o simulador de direção veicular. Isso fará cada estabelecimento investir R$ 40 mil e mais R$ 1.900 de manutenção mensal, conta que será repassada para os usuários.
Para o presidente do Sindicato dos Donos de Autoescolas do Piauí (Sindapi), Everaldo Ferreira, a determinação é abusiva, visto que não há comprovação técnica sobre a eficácia do simulador. "Eu como instrutor de autoescola já fiz testes com os comandos do simulador que demonstraram não ter a mesma a resposta imediata de um veiculo comum. Não há motivo dessa obrigatoriedade, somente mais gastos e infelizmente não podemos pagar essa conta sozinho", disse.
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(Crédito: Divulgação)

Ainda segundo o presidente, a classe teme que o número de alunos nas autoescolas caia ainda mais. Segundo ele, desde o inicio do ano o número de matriculas em alguns estabelecimentos chegou a cair 65%. "Há autoescolas que por mês tinham uma média de 60 matriculas, hoje esse número não passa de 15. Os maiores prejudicados serão os donos das autoescolas do interior do Estado que não terão condições de arcar com os custos desse simulador, visto que o número de alunos não é o mesmo da capital", revela Everaldo.
Com a mudança, além de pagar mais caro, quem obter a Carteira Nacional de Habitação (CNH) na categoria B, ou trocar de categoria, vai ter que passar por, no mínimo, 5 horas/aula no simulador.
Sindicato realiza manifestação
Na próxima segunda-feira (07), os donos das autoescolas realizarão uma manifestação contra a obrigatoriedade do uso do simulador. Além disso, o ato também é em repúdio à determinação do Departamento de Trânsito em utilizar câmeras de monitoramento nos exames.
"Os donos das 144 autoescolas do Estado estão unidos contra essas determinações abusivas, nós iremos fazer uma carreata e iremos para a porta do Detran. Nós acreditamos que todas essas obrigatoriedades não passam de uma jogada empresarial para conseguir arrecadar mais dinheiro", finaliza o presidente do Sindapi.
Caso as determinações continuem, a classe pretende paralisar as atividades de janeiro à março, para tentar forçar o Departamento de Trânsito a revogar a obrigatoriedade .

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