A gestação requer um aumento de 300 calorias diárias durante o segundo e o terceiro trimestres. Já no primeiro trimestre, as necessidades calóricas são as mesmas de antes da gestação. Mas é recomendável que já nos três primeiros meses a mulher se alimente com mais freqüência. O ideal é fazer seis refeições diárias em pequenas porções, mas de alimentos nutritivos e ricos em vitaminas, carboidratos e proteínas. O desjejum deve ser logo ao acordar, com frutas, queijos e pão no cardápio. Três horas antes do almoço é bom que a gestante alimente-se com um suco de fruta ou iogurte. Sempre refeições leves entre as principais refeições.
As frutas cítricas, como laranja, abacaxi, maracujá e limão, por exemplo, são uma boa alternativa, pois hidratam e preparam o organismo para o almoço. O uso de adoçantes não é indicado, mas se a gestante for obesa ou tiver diabetes precisará utiliza-los. É melhor optar, então, por aspartame ou sucralose. Sempre que possível, os alimentos devem ser assados ou cozidos. As gorduras animais devem ser trocadas por óleo vegetal (milho, canola ou girassol). Existem 3 dados importantes sobre o peso na gravidez que devem ser lembrados:
1 – Quanto maior o ganho de peso durante a gestação, maior a probabilidade de que a mulher venha a se tornar obesa após o parto (risco até 3 vezes maior do que o de uma grávida com ganho normal de peso);
2 – Quanto menor a idade da primeira gravidez, maior a probabilidade de que a mulher se torne obesa, já que as adolescentes têm uma maior predisposição a acumular gordura;
3 – Quanto menor a idade da primeira menstruação, maior o acúmulo de gordura das pacientes, maior a probabilidade de que ela engravide cedo e maior o risco de obesidade. Além disso, a própria predisposição genética pode pesar muito para o desenvolvimento da obesidade.
Vale ressaltar, entretanto, que os 3 fatores de risco acima podem ser alterados, principalmente através de adaptações no comportamento da gestante. Nesta fase, a futura mamãe deve aumentar a ingestão de proteínas, cálcio, fósforo, ferro, fibras e vitaminas. Queijos magros (ricota, cottage, minas), leite e iogurte desnatados, verduras, legumes, frutas, carnes magras (peito de frango sem pele e peixes), cereais integrais (pão integral, farelo de aveia ou de trigo) são algumas das sugestões que não devem faltar no cardápio. Nada de dietas para perder peso, sem orientação médica, durante a gravidez e a lactação. As restrições alimentares deverão ser orientadas pelo médico. Uma gestante que já está acima do peso deve evitar as carnes gordas, frituras, manteiga e creme de leite. E, principalmente nos últimos meses de gravidez, em que há um aumento no volume do abdômen, comprimindo o estômago e o diafragma, e a mulher sente-se cheia rapidamente.
A melhor recomendação é fazer várias refeições leves. Como deve ser o ganho de peso durante a gravidez? O ganho de peso recomendado para a gestante tem variado muito ao longo dos anos. Na década de 50 aconselhava-se a gestante a manter seu ganho de peso entre 7 e 8 kg apenas. Hoje sabemos que tais recomendações podem até colocar em risco uma gestação. Podemos ver na tabela o ganho de peso recomendado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, de acordo com o índice de massa corporal da gestante ao iniciar a gravidez. IMC no início da gravidez Ganho de peso recomendado IMC<18,5 kg/m2 13 a 18 kg IMC entre 18,5 e 25 kg/m2 11 a 16 kg IMC entre 25 e 30 kg/m2 7 a 11 kg IMC maior que 30 kg/m2 Até 7 kg.
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