Definitivamente, acabou a paciência da torcida do Flamengo com o time. Cerca de 200 torcedores foram ao Ninho do Urubu, nesta sexta-feira, protestar. "Honrem o manto", "Alto investimento. Pouca resposta", "Nós damos a vida. Deem o sangue"... esses foram alguns dos cartazes expostos na entrada dos jogadores no CT.
E o protesto esquentou. Uma bomba foi ouvida e os torcedores cercaram os carros de Mancuello e Juan. Em certo momento, atiraram alface em um veículo pensando tratar-se do carro do goleiro Muralha. O goleiro teria chegado mais cedo e já está em segurança dentro do Ninho.
Policiais Militares responderam com gás de pimenta e balas de borracha. Os PMs até tentaram tirar uma faixa dos manifestantes.
O protesto cobra dos jogadores uma reação ao início ruim de Brasileiro. A segurança foi reforçada e os principais atletas cobrados na chegada ao treino foram o goleiro Muralha e o atacante Berrío. Mas nem a promessa Vinicius Júnior escapou.
A manifestação seguiu com xingamentos ao diretor Rodrigo Caetano, ao técnico Zé Ricardo e ao presidente Eduardo Bandeira de Mello. "Bandeira, Bandeira, Bandeira, tá de brincadeira" foi o hit do protesto.
Algumas horas depois do protesto, o Flamengo soltou uma nota oficial. Veja abaixo.
"Instituição democrática centenária, o Flamengo sempre irá reconhecer o direito legítimo de seu torcedor em protestar quando não estiver satisfeito com o desempenho do clube em todas as modalidades que disputa, em especial o futebol. Porém, o Flamengo nunca irá concordar e repudiará sempre com veemência, atos de violência direcionados a seus atletas e profissionais e/ou ao patrimônio destes, principalmente em local de trabalho, como o Centro de Treinamento George Helal".
Domingo, às 16h, o Flamengo enfrenta o Avaí na Ressacada. Uma derrota pode derrubar o técnico Zé Ricardo, que teve uma reunião com membros da diretoria nesta quinta-feira e recebeu pedidos de reação.
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