Quatro chacinas ajudaram a "turbinar" as estatísticas da violência no Ceará no primeiro trimestre
Em apenas três meses de 2018, o Ceará já acumula em sua estatística criminal, nada menos, que 1.344 Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), somados os homicídios, latrocínios (roubo seguidos de morte), lesões corporais que resultam em óbitos, além das mortes violentas nas unidades penitenciárias e as mortes decorrentes de intervenção policial. Isso representa um aumento da ordem de 37,7 por cento em comparação ao primeiro trimestre de 2017.
No mês de março deste ano, 428 pessoas foram assassinadas no Ceará, contra 358 de março do ano passado, uma variação da ordem de 19,5 por cento.
Os 428 assassinatos em março foram assim distribuídos de acordo com a territorialidade do estado: Capital, 139; Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), 114; Interior Norte, 94; e Interior Sul, 81.
Números
No acumulado dos três primeiros meses do ano, Fortaleza aparece como a área com maior índice de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Foram 434 assassinatos. Na RMF 383. No Interior Norte 270, e no Interior Sul 257, totalizando 1.344 homicídios.
O mês de janeiro foi o mais violento neste primeiro trimestre de 2018. Foram registrados 528 CVLIs, sendo 167 na Capital, 160 na RMF, 103 no Interior Norte e 98 no Interior Sul.
Quatro chacinas foram registradas neste primeiro trimestre de 2018 no Ceará. Veja os casos:
8 de janeiro – Na localidade Serra Pelada, zona rural do Município de Maranguape, na RMF, uma chacina dentro de uma residência deixou quatro mortos.
27 de janeiro – Uma matança aconteceu na casa de shows “Fooró do Gago”, na comunidade Barreirão, bairro Cajazeiras, em Fortaleza, com 14 pessoas assassinadas.
29 de janeiro – Durante uma briga entre presos da Cadeia Pública da cidade de Itapajé (a 124Km de Fortaleza), 10 detentos foram assassinados a golpes de “cossocos”, facas, punhais e outros instrumentos.
9 de março – Sete pessoas foram assassinadas no bairro Benfica, em Fortaleza, por conta de uma rivalidade de facções criminosas. A matança começou na Praça da Gentilândia e se estendeu pelas ruas próximas, atingindo também a sede de uma torcida organizada de futebol.
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