sábado, 6 de junho de 2015

Médicos aguardam 24h para definir sobre morte cerebral de menor

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT), informou que os médicos retiraram a sedação da jovem que seguia internada na Unidade de Terapia Intensiva do hospital. Segundo o HUT, a menor não respondeu aos estímulos e os médicos aguardarão 24h para poderem dar entrada no protocolo e informarem a morte cerebral da vítima.A menor está internada desde a última quinta-feira (28), quando foi transferida de Castelo do Piauí para Teresina. As demais vítimas apresentaram melhoras em seu quadro clínico, e uma delas, que está internada no HUT presta depoimento ao delegado Laércio Evangelista, responsável pelo caso. A quarta vítima segue internada no Hospital São Marcos e também deve ser ouvida pelo delegado.
"Ela não morreu, essa informação é só boato. Os médicos retiraram a sedação e ela não reagiu. Eles vão aguardar até 24h para realizarem exames e caso ela não responda será dada entrada no protocolo para saber se ela estar ou não com morte encefálica", informou a assessoria do HUT.
DELEGADO COLHE DEPOIMENTO DE VÍTIMAS DE ESTUPRO COLETIVO
O delegado regional de Campo Maior, Laércio Evangelista, designado para presidir as investigações acerca do estupro coletivo cometido no município de Castelo do Piauí, na última quarta-feira (27/05), informou ao O Olho que irá ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) na tarde desta sexta-feira (05) para colher o depoimento das vítimas.

Delegado Laércio Evangelista ao lado de José Adão, acusado de comandar, arquitetar, e induzir os quatro menores a cometerem o crime. O mesmo também é apontado pela polícia como um dos autores (Foto: Manoel José/O Olho)

Segundo ele, as vítimas já estariam com uma melhora considerável em seu quadro clínico e aptas a prestarem esclarecimento sobre como ocorreu toda a ação.
“Elas já estão melhores. Iremos ao hospital hoje à tarde para colhermos o depoimento das moças e anexarmos ao inquérito que está em aberto”, disse.
Ainda segundo o delegado, existe a expectativa de que o laudo pericial seja concluído e entregue em suas mãos ainda nesta sexta-feira. Para ele, o resultado do laudo é parte fundamental para o prosseguimento das investigações. “Estou aguardando. Esse material é parte essencial para o desenrolar das investigações”, concluiu.
Junto com o delegado, irão ao hospital a delegada Anamelka Albuquerque, da delegacia da Mulher de Teresina e a delegada Tânia Miranda, que investiga crimes de feminicídio no Piauí.
HUT DIZ QUE APENAS UMA CONSEGUE FALAR
Enquanto o delegado Laércio Evangelista diz que pretende colher o depoimento das vítimas o mais rápido possível, a direção do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), revelou que apenas uma das três menores que se encontram internadas no local consegue falar e explicar tudo o que aconteceu.
“Elas ainda estão mal. Das que estavam internadas na UTI, apenas uma saiu, mas a outra segue em Estado grave. Nesse momento apenas uma delas consegue falar”, disse a assessoria de comunicação do HUT.
O hospital abriga três das quatro jovens que foram vítimas do estupro coletivo em Castelo do Piauí. A quarta vítima encontra-se internada no Hospital São Marcos, e também deve ser ouvida na tarde desta sexta-feira.
No HUT, uma das menores, a que passou por intervenção cirúrgica no punho da mão direita, recebeu alta médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas ainda não consegue falar normalmente. Já a menor que sofreu afundamento de crânio, segue sedada na UTI e em estado grave. A terceira menor já apresentou uma melhora considerável, mas ainda segue sem previsão de receber alta médica.

Hospital de Urgência de Teresina (HUT) passa por reformas. Vítimas seguem internadas sem previsão de alta (Foto: Manoel José/O Olho)

“Aqui no HUT apenas uma das meninas tem condições de falar. As demais seguem sem condições algumas de prestar depoimento”, completa.
Assim que deram entrada no hospital, as vítimas apresentavam uma alto grau de perda de memória, não lembravam do que havia acontecido, nem reconheciam ninguém. Com a medicação e com o tratamento, as vítimas melhoraram e três delas já lembram e duas conseguem falar sobre o crime. Ainda não há previsão de alta médica para nenhuma das vítimas.

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