quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Após 15 dias de paralisação, bancos propõe reabertura de diálogo com bancários








Depois de 15 dias do começo da greve dos bancários em todo o Brasil, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) decidiu se reunir com o comando da greve da categoria e reabrir o diálogo.
Durante todo o mês de setembro a Fenaban e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf ) realizaram encontros para tentar chegar em um consenso e evitar a greve. Os bancários pedem, entre outras reivindicações, 16% de reajuste salarial, enquanto a Fenaban oferece 5,5%, o que resultaria em uma perda real acima de 4%.
Roberto Von Der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, se diz surpreso pela forma como veio o convite. "Os banqueiros fizeram contato com a gente, via e-mail, no fim do expediente, nos convidando a retomar as negociações amanhã", informou.
"Nossa expectativa é que eles saiam daquela linha de um reajuste muito abaixo da inflação com abono, pois sabemos que é prejudicial para a carreira dos bancários e das bancárias. Nós queremos a reposição da inflação, mais ganhos real. Isso é o que todo bancário e toda bancária, que estão há 14 dias de greve, desejam ouvir amanhã", completou.
Na segunda-feira (19), balanço da Contraf apontou a paralisção de 12.496 agências e 40 centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal.
Outro balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região mostra que 881 locais de trabalho, sendo cinco centros administrativos e 876 agências fecharam nesta segunda-feira (19/10). Estima-se que mais de 25 mil trabalhadores participaram das paralisações.
Em nota, a Fenaban afirmou que volta se reunir hoje com os bancários para uma rodada de negociação sobre a convenção coletiva de trabalho entre as partes. "A Fenaban espera que seja construído na mesa de negociação um acordo que atenda aos interesses de ambas partes."
Conheça as principais reivindicações dos bancários no Brasil:– Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC);
– Participação nos Lucros de três salários mais R$ 7.246,82;
– Piso da categoria de R$ 3.299,66;
– Vales alimentação e refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá e 14º salário
– Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
– Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
– Mais segurança nas agências bancárias.
Proposta Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feita em setembro:
Pagamento de um abono no valor R$ 2,5 mil para todos os bancários e um índice de reajuste dos salários e benefícios de 5,5% (perda real de 4%).
Fonte: Com informações da Ig

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