- Delcídio foi preso por ordem do STF acusado de tentar interferir na Lava Jato
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou a libertação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso preventivamente desde 25 de novembro, acusado de tentar interferir na apuração da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.
A informação foi confirmada pelo STF nesta sexta-feira (19).
A decisão permite que o senador volte a exercer suas atividades parlamentares no Senado, mas exige que ele permaneça em sua residência à noite. Delcídio também está proibido de deixar o país e terá 48 horas para entregar seu passaporte à Justiça.
O senador teve uma conversa gravada com Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que assinou acordo de delação premiada com a Lava Jato. No diálogo, Delcídio parece sugerir um plano de fuga do país para o ex-diretor da estatal e uma mesada de R$ 50 mil para a família do delator.
A Procuradoria-Geral da República, que havia pedido a prisão do senador, sustenta que os benefícios a Cerveró seriam uma tentativa de convencê-lo a não relatar fatos suspeitos que envolviam Delcídio em seu acordo de delação.
Na decisão que revogou a prisão, o ministro Teori afirma que a prisão preventiva do senador não é mais necessária pois os atos sobre os quais ele foi acusado de tentar interferir, como a delação de Cerveró, já foram realizados.
No início de dezembro, a Procuradoria ofereceu denúncia contra Delcídio ao STF. Ele é o primeiro senador preso desde a redemocratização do país, em 1988, e teve sua filiação do PT suspensa.
Os advogados de Delcídio têm negado as acusações.
O senador também é alvo de um processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética do Senado, pelos mesmos fatos que o levaram à prisão, e que pode terminar com a perda do mandato.
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