O Procon de Teresina investiga se postos de combustíveis estão praticando a cartelização do setor e adotando preços abusivos em meio à greve dos caminhoneiros que já dura dez dias.
O chefe de fiscalização do Procon, Arimatéia Marques Área Leão, informou que na manhã de hoje cinco postos foram notificados por indícios de pratica abusiva.
"Os postos não informavam os preços dos combustíveis para os clientes, mesmo tendo o valor na bomba. Eles esperavam a chegada do combustível para colocarem o preço que lhes convierem", disse o chefe de investigação do Procon.
O órgão fiscalizou 26 postos somente na manhã de hoje e a operação segue até sexta-feira.
"A fiscalização é para apurar denúncias de preços abusivos. Estamos fazendo levantamento dos preços, pegando a nota fiscal dos valores praticados antes da greve e o valor atual", disse Arimatéia Marques.
Os preços
Ele informou que na fiscalização foi constatado que o preço da gasolina chegou a R$ 5,10 no cartão de crédito e variou de R$ 4,80 a R$ 4,85 à vista.
Cartel
O Procon apura também se os empresários estão fixando preços únicos na venda dos combustíveis.
Arimatéia Marques informou que há indícios de que os postos estão praticando preços semelhantes durante esse processo de escassez de combustíveis.
"Estamos apurando se há cartel nos preços dos combustíveis. O que se percebe é uma combinação de valores. Mas, até sexta-feira teremos uma conclusão", disse.
Os proprietários de postos que praticarem irregularidades estão sujeitos a processos administrativos com multa que varia de R$ 600 a R$ 6 milhões de acordo com o crime, além de perderem o alvará de funcionamento.
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