terça-feira, 14 de abril de 2015

Pastelaria no Rio de Janeiro vende produtos feitos com carne de cachorro sem que clientes saibam

Uma investigação sobre trabalho escravo de imigrantes chineses, realizada por agentes do Ministério Público do Trabalho (MPT), encontrou carne de cachorro congelada em uma pastelaria carioca. Segundo informações noticiadas inclusive em mídias internacionais, os cães teriam sido mortos a pauladas. A carne seria usada como recheio dos pastéis comercializados no local. O proprietário do estabelecimento investigado seria também dono de uma pastelaria de Copacabana, zona sul do Rio. Ele mantinha três chineses em condições abusivas.
O Ministério do Trabalho e Emprego também inspecionou o estabelecimento a fim de regularizar a situação dos estrangeiros. Eles deveriam receber salários de no mínimo R$ 1 mil. O pagamento, porém, foi retido pelos donos da pastelaria, também chineses. Os funcionários dividiam suas camas com o estoque de alimentos. Existiam cadeados no local, o que evidencia uma prisão para evitar a fuga dos trabalhadores.
“Esses trabalhadores nunca atendem no balcão, sempre permanecendo no interior dos estabelecimentos para que não tenham contato com os clientes”, comentou o promotor do trabalho Marcelo José. Os donos da pastelaria concordaram em pagar as verbas rescisórias e regularizar a situação trabalhista dos imigrantes, caso eles quisessem continuar trabalhando no local. A pastelaria também se comprometeu a depositar o Fundo de Garantia aos jovens funcionários. Os imigrantes receberam carteira de trabalho, CPF e abriram conta para receberem seus salários.

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