Com ânimos acirrados e momentos de tensão, deputados, representantes do governo do estado, policiais e bombeiros militares participaram de uma audiência pública na manhã desta quinta-feira (21) na Assembleia Legislativa do Piauí.
Policiais e bombeiros não abrem mão do reajuste previsto em lei para o mês de maio. Só um soldado tem aumento previsto de R$ 650. Porém, o governo só garantiu o pagamento de 50% do reajuste neste mês. A categoria vai se reunir na tarde de hoje na Associação dos Cabos e Soldados para decidir que providências tomará.
Após a audiência, o secretário estadual de administração, Franzé Silva, afirmou que o estado quer dar aumento, mas não pode trabalhar com a possibilidade de prejudicar as próprias contas. O temor é que os reajustes façam o estado romper o limite de gasto com pessoal da lei de responsabilidade fiscal.
Durante sua explanação, Franzé Silva disse que a Assembleia aprovou projetos de lei na gestão passada sem saber o real impacto financeiro nos cofres do estado. Ao sugerir que a Alepi deveria resolver a questão, os ânimos se alteraram no plenário.
Reunião para negociar
Franzé Silva também afirmou que quer abrir ainda hoje um canal de negociação com o governador Wellington Dias (PT), deputados estaduais e representantes dos servidores. Mas ponderou que não é bom discutir o tema de forma inflamada, o que torna o debate ainda mais acirrado.
Franzé Silva também afirmou que quer abrir ainda hoje um canal de negociação com o governador Wellington Dias (PT), deputados estaduais e representantes dos servidores. Mas ponderou que não é bom discutir o tema de forma inflamada, o que torna o debate ainda mais acirrado.
O deputado Firmino Paulo (PSDB), presidente da comissão de segurança da Alepi, espera a convocação do governo para esse encontro, que deve reunir a equipe econômica do estado.
De acordo com o secretário Franzé Silva, se os reajustes forem concedidos da forma como está previto, o gasto do governo com pessoal chegará a 56,55%. Franzé Silva defendeu que o estado corre risco de perder transferências de recursos, o que pode prejudicar outras ações do estado.
Deputado diz que culpa não é da Alepi
Evaldo Gomes, que integra a comissão de segurança pública da Alepi, avaliou a audiência como positiva, por ter aberto mais um canal de negociação com o governo.
Evaldo Gomes, que integra a comissão de segurança pública da Alepi, avaliou a audiência como positiva, por ter aberto mais um canal de negociação com o governo.
O deputado disse que a Assembleia quer ajudar o governo a achar uma solução, mas não vai admitir que se bote a culpa da situação no legislativo, por conta da aprovação das leis que concedem reajustes. Evaldo Gomes afirmou que o estado também tem sua responsabilidade ao criar cargos
fonte:cidade verde
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