José Guimarães, também vice nacional do partido, disse a jornal que petistas devem apoiar ajustes da presidente para ter força
"Só tem Lula em 2018 se tiver Dilma em 2016, 2017, se o governo der certo. E vai dar. O pior já passou". A frase é de José Guimarães (CE), vice-presidente nacional do PT e líder do partido na Câmara, ao jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (9). A lógica, em defesa da presidente Dilma Rousseff, desgastada entre petistas por causa das medidas de ajuste fiscal que tiraram benefícios de trabalhadores, é que ela precisa ser amparada para que haja alguma chance nas eleições presidenciais de 2018, nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia voltar a ser candidato.
Guimarães acredita que a recuperação da economia é fundamental para que o PT se mantenha no poder em 2018, e por isso ele crê que a estratégia de Dilma, executada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, será apoiada por todos os petistas. "Se a Dilma for ao Congresso, ela será aplaudida de pé. Conheço o PT. Quando Lula fez a reforma da previdência, vi o pessoal quebrando tudo aqui dentro, xingando a bancada. Quando chegava aos congressos do PT era ovacionado", afirmou. "Ela vai ser aplaudida de pé. Vai ter gente que pode até botar uma faixinha lá canto 'Fora Levy', é um direito. Mas, quando ela chegar, vai ser aplaudida de pé. Anotem e me cobrem."
O deputado também cogitou alguns outros nomes que poderiam ser lançados pelo partido nas eleições de 2018: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), Fernando Haddad (prefeito de São Paulo). Até ceder a cabeça da chapa para outro partido passou pela cabeça do petista. "Nem se cogita e provavelmente vão dizer que estou fazendo loucura. Mas por que não?".
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