quarta-feira, 9 de novembro de 2016

BrVox: W.Dias bateria Ciro, Wilsão, JVC ou João Henrique

Se a oposição deseja lançar um candidato para bater o governador Wellington Dias (PT), candidato natural à reeleição em 2018, precisa começar logo os trabalhos rumo Palácio de Karnak.
O petista lidera disparado nas intenções de voto em pesquisa realizada pelo BrVox, e divulgada mais cedo pelo 180graus. No mesmo levantamento foram simulados confrontos diretos entre aqueles cujos nomes são mais apontados para uma possível disputa contra Dias, e em todos os cenários, o favoritismo do atual chefe do executivo estadual se mantém.
A menor diferença percentual aparece na simulação de confronto entre Wellington e o senador Ciro Nogueira. O petista obteve 63,58% contra 11,83% do presidente nacional do PP. Mesmo tentando manter a imagem de bom relacionamento, a situação entre os dois ‘capenga’ desde as eleições municipais. Ciro não gostou da interferência do governo em cidades onde PT e PP disputavam a prefeitura, e após o pleito expôs suas mágoas e “feridas abertas” na relação com o governador.
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E se de um lado o PP diz que busca entendimento e mais espaço na equipe de Wellington, nos bastidores é o nome de Ciro o mais sustentado para concorrer pela oposição em 2018. Apostando no resquício da “onda azul” da eleição, a crença do senador é de que suas andanças pelo interior resistam até as eleições para governador. Mas a coisa pode não ser tão fácil assim.
O senador obteve na pesquisa BrVox praticamente o mesmo percentual de Wilson Martins (PSB), cujo partido “diminuiu” nestas eleições no Piauí. Na simulação de confronto com W.Dias, o ex-governador obteve 11,08%, contra 64,92% do petista. Mesmo afastado das atividades políticas, o resultado percentual de Wilsão é praticamente o mesmo de Ciro, que rodou o Estado para fazer 40 prefeitos.
Foram simulados ainda confrontos de W.Dias contra o ex-senador João Vicente Claudino e o ex-ministro João Henrique Sousa. Os dois seriam opções dentro do PMDB - caso JVC não desista da filiação - de ter um candidato próprio, alinhando a sigla no Piauí aos projetos de Michel Temer. Eles fazem parte da ala que não concorda com a entrada do partido na equipe de W.Dias. Mas no levantamento, nenhum deles conseguiu atingir os dez pontos percentuais.
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JVC se saiu melhor com 9,5% contra 65,17% de Dias. Já João Henrique Sousa obteve apenas 6,42%, ante os 66,75% do atual governador.
Números da espontânea
Mesmo com a crise de imagem vivida nacionalmente pelo Partido dos Trabalhadores, a situação do governador Wellington Dias em relação ao eleitorado piauiense ainda permanece confortável. É tanto que em pesquisa espontânea realizada pelo Instituto BrVox no início desta semana ele aparece liderando as intenções de voto para governador com larga vantagem do segundo colocado.
Dos 1200 eleitores ouvidos em 47 cidades, incluindo a capital Teresina, entre os dias 03 e 06 de novembro, 31,5% citou o nome de Wellington Dias como preferência de voto para governador. O segundo mais mencionado foi o nome de Firmino Filho, somando 2,08%.
Mesmo longe do cenário político, o terceiro nome mais citado foi o do ex-governador Wilson Martins, atingindo percentual de 1,92%. Já o senador Ciro Nogueira, que nas eleições municipais rodou o Piauí com sua “onda azul”, foi somente o quarto mais mencionado pelos eleitores, somando 1,83%.
- Wellington e Firmino são 1º e 2º colocados, seja na espontânea ou na estimulada. Foto: Rômulo Piauilino/AsCom PMTW.Dias.png
Logo em seguida aparece o ex-senador Mão Santa, que em outubro conseguiu eleger-se prefeito de Parnaíba. 1,17% dos entrevistados o mencionaram como intenção de voto para governador.
Ao todo, 19 nomes foram mencionados pelos eleitores, que no levantamento espontâneo respondem o nome que primeiro lhe vem à memória, e de sua preferência, sem indicação do pesquisador. Destes, 14 não conseguiram somar acima de um ponto percentual. Um deles foi o senador Elmano Férrer. O ainda petebista - de saída para o PMDB - não conseguiu bons resultados no último pleito. Nem mesmo em Teresina, onde já foi prefeito. Seu candidato, o jornalista Amadeu Campos, ficou apenas em terceiro lugar nas urnas, recebendo apenas 6,66% dos votos válidos.
- Mão Santa é melhor na espontânea em relação a Elmano, senador pelo Piauí, desgastado com crise no PTB. Fotos: 180graus e Reprodução/Agência Senadomaosanta.png
Foram mencionados ainda os nomes de João Vicente e do ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes, estes com 0,75%. Adiante, cada um com 0,17%, foram citados o deputado estadual Dr Pessoa e o ex-governador Zé Filho. Com 0,08% cada um aparecem os nomes de Hugo Napoleão, Átila Lira, Freitas Neto, Capitão Fábio Abreu, Antônio José, Vilma, Fábio Novo, Júlio César e Rejane Dias.
Os indecisos somaram 50,75%, e os que responderam Nenhum/Nulo/Branco foram 7,25%.
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Números da estimulada
A pesquisa encomendada pelo 180graus traz no levantamento estimulado os nomes de nove possíveis candidatos em 2018. Um leque amplo, mas natural, tendo em vista que a fase ainda é de articulações entre os grupos partidários. No questionamento, o favoritismo de Wellington Dias (PT) se mantém, sendo preferência de voto de 50,58%. Firmino (PSDB) se mantém em segundo com 11,67%. O terceiro colocado também é Wilson Martins (PSB), com 4,42%.
- Mesmo com 'onda azul' do senador pepista pelo interior, Wilsão e Sílvio Mendes - ambos afastados da política - se saem melhor do que Ciro Nogueira na estimulada. Foto: Arquivo/180grauswilsaosilviociro.png
Já o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) aparece na frente de Ciro Nogueira (PP) com 3,83%, ante os 3,58% obtidos pelo senador pepista. O percentual é quase o mesmo obtido por Elmano Férrer (PTB), que somou 3,5%.
O ex-senador João Vicente Claudino - cuja filiação ao PMDB está incerta - obteve 2,83%, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) somou 1,33%, e João Henrique Sousa, 0,42%. Este é presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI), e um dos peemedebistas que discorda do acordo para que a sigla seja incluída na equipe de Wellington Dias.
A pesquisa tem nível de confiança de 95% e margem de erro de 2,7%, para mais ou para menos.
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