O corpo do delegado Carlos Jorge Moura de Queiroz, de 61 anos, conhecido como Delegado Jorginho, acaba de chegar à funerária onde será velado na avenida Miguel Rosa, Centro de Teresina. O velório teve início por volta das 13h e ainda não está confirmado o horário do enterro.
O delegado Carlos Jorge Moura de Queiroz, 61 anos, conhecido como Delegado Jorginho, morreu na manhã desta quarta-feira(14) no apartamento onde residia com a família, no bairro Noivos, na zona Leste de Teresina. Delegado e agentes da Polícia Civil, que trabalhavam com Jorginho, foram ao prédio e deram apoio aos familiares.
Com obesidade mórbida, ele passou mal agora pela manhã. Uma equipe do Samu foi chamada e, apesar de não ter demorado a chegar, quando subiu ao seu apartamento constatou que ele já estava morto, vítima de infarto.
O juiz Raimundo Holland, um dos irmãos do delegado, confirmou que ele sofreu um ataque fulminante do coração próximo das 8h.
"Por volta das 7h30, a esposa dele se levantou e disse que ia tomar café. Ele disse: vai meu bem. Quando voltou, ele já estava sem vida", disse o irmão que contou ainda que Jorginho pesava mais de 150 kg.
"Ele já não dormia bem por conta de problemas relacionados à obesidade. Não gostava de ir pra médico, mas era uma 'peça' que todo mundo gostava", disse o irmão bastante abalado.
Da sacada do apartamento de Jorginho há algumas pessoas bastante emocionadas. O corpo ficou no apartamento até por volta das 10h30 e, em seguida, foi levado pela empresa funerária.
Mais de 30 anos de carreira
Natural de Fortaleza-Ce, Jorginho fez carreira no Piauí como delegado da Polícia Civil, onde entrou nos anos de 1980 e chegou a ser candidato a vereador em 2012, por Teresina. O delegado também tentou a carreira musical, que o fez ser reconhecido nacionalmente, com participação no Programa do Jô, com a música Mundé de Mulher: "cobra que não rasteja não engole sapo".
Em 2015, Jorginho Queiroz chegou a ser internado por crise hipertensiva. Na época, o próprio delegado postou uma foto em seu perfil no Facebook, fazendo sinal de vitória no hospital. "Não adianta pedir, porque o Pai, a mãe e o filho indefere. Amém!", escreveu.
Delegados lamentam
A todo momento, policiais civis também chegam ao local. O delegado Flávio Rangel, do 10º DP, diz que "Jorginho era um grande ícone da Polícia Civil do Piauí". O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Piauí emitiu nota de pesar pela morte do delegado e afirmou que a Polícia Civil do Estado está de luto.
"A Polícia Civil do Piauí está de luto. As mais sinceras condolências á família e os amigos. Os votos são de que Deus, em sua infinita bondade, possa confortar seus corações", diz a nota.
"Mesmo com toda a irreverência, ele tinha um instinto de investigação muito bom. Fez um bom trabalho por onde passou. É uma grande perda pra polícia e pra sociedade", disse o delegado Luci Keiko, gerente de policiamento metropolitano.
Ele morava com a esposa, dois filhos e a mãe. O velório será realizado na funerária Pax União, na avenida Miguel Rosa, para onde a família prepara o translado.
Nota de Pesar da Secretaria de Segurança
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí lamenta o falecimento do Delegado Carlos Jorge Moura de Queiroz – o Delegado Jorginho, ocorrido na manhã de hoje (14) após um infarto.
O Delegado Jorginho, natural de Fortaleza-CE, ingressou na Polícia Civil em 1986 e em 1990 foi enquadrado no cargo de Delegado de Polícia Civil e atualmente estava lotado no 2º Distrito Policial em Teresina. Ao longo de sua carreira policial se destacou pelo companheirismo e cumprindo sempre com o dever de bem servir à sociedade.
A Segurança Pública do Piauí está de luto pela partida do companheiro. Aos seus familiares, nossas condolências. Rogamos a Deus que o tenha em um bom lugar.
Delegado do caso Donizetti Adalto (Por Zózimo Tavares)
Jorginho ganhou projeção na Polícia Civil como delegado do Caso Donizetti Adalto. O apresentador de TV e candidato a deputado federal foi assassinado no começo da madrugada de 19 de setembro de 1998, a poucos dias das eleições.
À época do crime, praticado após uma reunião política na zona Norte de Teresina, Jorginho era delegado do 2º Distrito Policial, onde atuou em seus últimos dias de vida, depois de passar por diversas delegacias da capital.
A polícia descobriu que Donizetti fora vítima de uma emboscada. O apresentador foi assassinado com oito tiros de revólver, depois de uma brutal sessão de espancamento na qual teve ossos quebrados e perdeu quase todos os dentes, ficando completamente desfigurado.
Já no dia seguinte ao assassinato, as Polícias Civil e Federal prenderam várias pessoas como suspeitas de envolvimento no crime. Uma delas era o então presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Djalma Filho, candidato a deputado estadual em dobradinha com o apresentador.
Um personagem irreverente (Por Zózimo Tavares)
O delegado Jorginho era uma figura popular, pelas suas tiradas bem humoradas sobre o trabalho da polícia e a ação dos bandidos. Tinha uma língua afiada para todas as ocasiões.
Fazia verdadeiros sermões para os presos, sobretudo os jovens, procurando afastá-los do submundo do crime. Todos os dias, saía muito cedo para o trabalho.
Ele gravou um CD e chegou a ser entrevistado no Programa do Jô, ganhando projeção nacional.
História do Jorginho na Polícia Civil
Carlos Jorge Moura de Queiroz – o Jorginho, nascido em 25/10/1956 em Fortaleza-CE, ingressou na Polícia Civil do Piauí em 13/05/1986 no cargo de Agente de Polícia, foi colocado a disposição do Departamento Estadual de Trânsito-DETRAN/PI.
Em 1989, foi designado como Delegado Assistente e em dezembro de 1990 foi promovido definitivamente ao cargo de Delegado de Polícia 2ª Classe. Ao longo de sua carreira foi Delegado nas unidades: 4º DP, 11º DP, 13º DP. 1º DP, 2º DP, 8º DP, 5º DP, 6º DP, Divisão Administrativa da Corregedoria Geral da PCPI.
Destaca-se em sua trajetória: Em 1995, assessor do Delegado Geral. Em 1998, foi promovido ao cargo de Delegado de 1º Classe. Em 1998 foi presidente do Inquérito policial que apurou a morte do Jornalista Donizete Adauto dos Santos. Em 2004, exerceu a função de Gerente de Polícia Metropolitano. Em 2006, esteve na Central de Flagrantes do Dirceu. Em 2007 foi promovido ao cargo de Delegado Classe Especial.
Em 2012, recebeu a Medalha do Mérito Policial, honraria dada aos policiais civis por praticarem ato de bravura ou excepcional relevância para organização social ou para sociedade, no mesmo ano concluiu o curso de Bacharel em Direito e se afastou do cargo de Delegado para concorrer a cargo eletivo nas eleições.
No ano de 2013 esteve na Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito e no 6º DP. Em 2015 passou a responder pelo 7º DP e atualmente estava no 2º DP.
O corpo do delegado Carlos Jorge Moura de Queiroz, de 61 anos, conhecido como Delegado Jorginho, acaba de chegar à funerária onde será velado na avenida Miguel Rosa, Centro de Teresina. O velório teve início por volta das 13h e ainda não está confirmado o horário do enterro.
O delegado Carlos Jorge Moura de Queiroz, 61 anos, conhecido como Delegado Jorginho, morreu na manhã desta quarta-feira(14) no apartamento onde residia com a família, no bairro Noivos, na zona Leste de Teresina. Delegado e agentes da Polícia Civil, que trabalhavam com Jorginho, foram ao prédio e deram apoio aos familiares.
Com obesidade mórbida, ele passou mal agora pela manhã. Uma equipe do Samu foi chamada e, apesar de não ter demorado a chegar, quando subiu ao seu apartamento constatou que ele já estava morto, vítima de infarto.
O juiz Raimundo Holland, um dos irmãos do delegado, confirmou que ele sofreu um ataque fulminante do coração próximo das 8h.
"Por volta das 7h30, a esposa dele se levantou e disse que ia tomar café. Ele disse: vai meu bem. Quando voltou, ele já estava sem vida", disse o irmão que contou ainda que Jorginho pesava mais de 150 kg.
"Ele já não dormia bem por conta de problemas relacionados à obesidade. Não gostava de ir pra médico, mas era uma 'peça' que todo mundo gostava", disse o irmão bastante abalado.
Da sacada do apartamento de Jorginho há algumas pessoas bastante emocionadas. O corpo ficou no apartamento até por volta das 10h30 e, em seguida, foi levado pela empresa funerária.
Mais de 30 anos de carreira
Natural de Fortaleza-Ce, Jorginho fez carreira no Piauí como delegado da Polícia Civil, onde entrou nos anos de 1980 e chegou a ser candidato a vereador em 2012, por Teresina. O delegado também tentou a carreira musical, que o fez ser reconhecido nacionalmente, com participação no Programa do Jô, com a música Mundé de Mulher: "cobra que não rasteja não engole sapo".
Em 2015, Jorginho Queiroz chegou a ser internado por crise hipertensiva. Na época, o próprio delegado postou uma foto em seu perfil no Facebook, fazendo sinal de vitória no hospital. "Não adianta pedir, porque o Pai, a mãe e o filho indefere. Amém!", escreveu.
Delegados lamentam
A todo momento, policiais civis também chegam ao local. O delegado Flávio Rangel, do 10º DP, diz que "Jorginho era um grande ícone da Polícia Civil do Piauí". O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Piauí emitiu nota de pesar pela morte do delegado e afirmou que a Polícia Civil do Estado está de luto.
"A Polícia Civil do Piauí está de luto. As mais sinceras condolências á família e os amigos. Os votos são de que Deus, em sua infinita bondade, possa confortar seus corações", diz a nota.
"Mesmo com toda a irreverência, ele tinha um instinto de investigação muito bom. Fez um bom trabalho por onde passou. É uma grande perda pra polícia e pra sociedade", disse o delegado Luci Keiko, gerente de policiamento metropolitano.
Ele morava com a esposa, dois filhos e a mãe. O velório será realizado na funerária Pax União, na avenida Miguel Rosa, para onde a família prepara o translado.
Nota de Pesar da Secretaria de Segurança
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí lamenta o falecimento do Delegado Carlos Jorge Moura de Queiroz – o Delegado Jorginho, ocorrido na manhã de hoje (14) após um infarto.
O Delegado Jorginho, natural de Fortaleza-CE, ingressou na Polícia Civil em 1986 e em 1990 foi enquadrado no cargo de Delegado de Polícia Civil e atualmente estava lotado no 2º Distrito Policial em Teresina. Ao longo de sua carreira policial se destacou pelo companheirismo e cumprindo sempre com o dever de bem servir à sociedade.
A Segurança Pública do Piauí está de luto pela partida do companheiro. Aos seus familiares, nossas condolências. Rogamos a Deus que o tenha em um bom lugar.
Delegado do caso Donizetti Adalto (Por Zózimo Tavares)
Jorginho ganhou projeção na Polícia Civil como delegado do Caso Donizetti Adalto. O apresentador de TV e candidato a deputado federal foi assassinado no começo da madrugada de 19 de setembro de 1998, a poucos dias das eleições.
À época do crime, praticado após uma reunião política na zona Norte de Teresina, Jorginho era delegado do 2º Distrito Policial, onde atuou em seus últimos dias de vida, depois de passar por diversas delegacias da capital.
A polícia descobriu que Donizetti fora vítima de uma emboscada. O apresentador foi assassinado com oito tiros de revólver, depois de uma brutal sessão de espancamento na qual teve ossos quebrados e perdeu quase todos os dentes, ficando completamente desfigurado.
Já no dia seguinte ao assassinato, as Polícias Civil e Federal prenderam várias pessoas como suspeitas de envolvimento no crime. Uma delas era o então presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Djalma Filho, candidato a deputado estadual em dobradinha com o apresentador.
Um personagem irreverente (Por Zózimo Tavares)
O delegado Jorginho era uma figura popular, pelas suas tiradas bem humoradas sobre o trabalho da polícia e a ação dos bandidos. Tinha uma língua afiada para todas as ocasiões.
Fazia verdadeiros sermões para os presos, sobretudo os jovens, procurando afastá-los do submundo do crime. Todos os dias, saía muito cedo para o trabalho.
Ele gravou um CD e chegou a ser entrevistado no Programa do Jô, ganhando projeção nacional.
História do Jorginho na Polícia Civil
Carlos Jorge Moura de Queiroz – o Jorginho, nascido em 25/10/1956 em Fortaleza-CE, ingressou na Polícia Civil do Piauí em 13/05/1986 no cargo de Agente de Polícia, foi colocado a disposição do Departamento Estadual de Trânsito-DETRAN/PI.
Em 1989, foi designado como Delegado Assistente e em dezembro de 1990 foi promovido definitivamente ao cargo de Delegado de Polícia 2ª Classe. Ao longo de sua carreira foi Delegado nas unidades: 4º DP, 11º DP, 13º DP. 1º DP, 2º DP, 8º DP, 5º DP, 6º DP, Divisão Administrativa da Corregedoria Geral da PCPI.
Destaca-se em sua trajetória: Em 1995, assessor do Delegado Geral. Em 1998, foi promovido ao cargo de Delegado de 1º Classe. Em 1998 foi presidente do Inquérito policial que apurou a morte do Jornalista Donizete Adauto dos Santos. Em 2004, exerceu a função de Gerente de Polícia Metropolitano. Em 2006, esteve na Central de Flagrantes do Dirceu. Em 2007 foi promovido ao cargo de Delegado Classe Especial.
Em 2012, recebeu a Medalha do Mérito Policial, honraria dada aos policiais civis por praticarem ato de bravura ou excepcional relevância para organização social ou para sociedade, no mesmo ano concluiu o curso de Bacharel em Direito e se afastou do cargo de Delegado para concorrer a cargo eletivo nas eleições.
No ano de 2013 esteve na Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito e no 6º DP. Em 2015 passou a responder pelo 7º DP e atualmente estava no 2º DP.
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