magine só a situação: você decide saltar de paraquedas e, enquanto mergulha em direção ao solo a uma velocidade de mais de 130 quilômetros por hora, percebe que o bendito não abre! Você até tenta acionar o paraquedas reserva, mas, em vez de abrir e funcionar direitinho, ele acaba se enroscando no seu corpo, o que significa que não restam mais opções além de rezar até você aterrissar no chão.
Algo semelhante ao que descrevemos acima aconteceu com uma mulher chamada Joan Murray, no finalzinho da década de 90 — e o mais surpreendente da coisa toda foi que ela só não morreu porque caiu sobre um enorme formigueiro de formigas-lava-pés — aquelas vermelhinhas e que têm uma picada nada agradável! Acredita?
Socorristas improváveis
De acordo com Miguel Jorge, do site Gizmodo, Joan, uma executiva de um banco na Carolina do Norte, nos EUA, já tinha cerca de 30 saltos no currículo, quando decidiu que estava preparada para tentar um salto em queda livre, uma modalidade na qual o paraquedista só aciona o paraquedas quando atinge o limite máximo em que ele deve ser aberto para amortecer a queda do praticante.
Então, Joan fez o curso necessário para praticar a modalidade e, depois de obter a licença, resolveu fazer um salto a 4,5 mil metros de altura. Foi então que, quando atingiu o limite no qual deveria acionar o paraquedas principal, ela percebeu que ele não abria. Pois, segundo Miguel, quando isso ocorre, a orientação é de que a corda principal seja cortada, para que o paraquedas reserva não se enrosque.
Acontece que, em casos de saltos em queda livre, os paraquedistas não têm muito tempo para agir e, embora Joan tenha conseguido acionar o paraquedas reserva, como ela estava perto demais do solo e acabou se debatendo por causa do pânico, ele não abriu como deveria, e a mulher acabou se acidentando.
De acordo com Miguel, Joan teve a parte direita do corpo gravemente ferida e, conforme mencionamos no começo da matéria, ela despencou sobre um formigueiro com umas 250 mil formigas-lava-pés — que obviamente ficaram furiosas com a aterrissagem forçada sobre seu lar. Assim, além de a paraquedista estar toda arrebentada, seu corpo virou alvo de centenas de picadas. Mas não pense que isso foi o cúmulo do azar!
Por sorte, Joan não era alérgica, uma vez que, quando os socorristas chegaram, ela já tinha mais de 200 picadas. E ainda bem que ela levou esse monte de picadas, pois, ao ser examinada no hospital, os médicos determinaram que o ataque das lava-pés provocou uma descarga de adrenalina no organismo da paraquedista que, por sua vez, levou à estimulação nervosa e garantiu que seu coração continuasse batendo e seus órgãos, funcionando.
Joan acabou ficando duas semanas em coma em consequência do acidente, mas, não fosse pelas centenas de picadas que levou, ela não teria sobrevivido para contar essa fascinante e curiosa história. E a experiência não deixou Joan traumatizada não, pois ela voltou a saltar de paraquedas dois anos depois de se recuperar do acidente.
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