Após 17 dias da greve, os trabalhadores em educação decidiram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (12), suspender o movimento grevista mas também decidiram continuar em estado de greve. Caso o governo não cumpra o que ficou acordado no Tribunal de Justiça, a categoria retoma a greve. Dessa forma, as aulas retornam à sua normalidade a partir desta terça-feira (13/03).
A decisão foi tomada após a aprovação da nova proposta de pagamento do reajuste de 6,81% para todos os trabalhadores em educação, ativos e aposentados e funcionários.
A audiência de conciliação foi realizada na manhã desta segunda-feira (12), no Tribunal de Justiça (TJ-PI), entre o governo do estado e o Sinte-PI, com a presença do Ministério Público e OAB-PI.
Segundo a proposta apresentada pelo governo, o reajuste de 6,81% será para todos os professores, ativos e aposentados, na folha de maio/2018. Até lá, os servidores da educação continuam recebendo o auxílio alimentação;
Em setembro/2018 será concedido o reajuste de 3,95%para todos os funcionários de escola referente a 2018.
A proposta anterior do governo excluiu os aposentados
"Graças a força da greve dos trabalhadores em educação, a proposta mediada pelo desembargador do TJ-PI, dr. Joaquim Santana, a mediação favorece os trabalhadores em educação", afirma a presidente do Sinte, Paulina Almeida,
Ela acrecentou que “apesar de ser o menor reajuste do piso de todos os anos, a força dos trabalhadores em educação do Piauí está garantindo o pagamento o reajuste de 6,81%", comenta.
O sindicato ainda informa que no dia 16/03 acontecerá uma audiência na Assembleia Legislativa do Piauí, onde a categoria continuará cobrando melhorias para educação público no Piauí.
Governo diz que não vai descontar os dias parados
De acordo com o que foi acordado na audiência intermediada pelo desembargador Joaquim Santana, em maio de 2018 um reajuste de 3,15% para o pessoal de apoio técnico administrativo ocupante de cargo efetivo e reajuste no vencimento de 3,95% para o mês de setembro. Os reajustes autorizados por esta lei se estendem aos inativos e aos pensionistas, mas não contempla os professores contratados temporariamente.
“O Piauí é um dos estados brasileiros que mais avança na valorização salarial dos professores da educação pública. As políticas de promoção por tempo de serviço e titulação acadêmica, nomeação de concursados e reajuste do Piso do Magistério beneficiaram os 13 mil professores da rede. Apesar do Piauí ser um Estado que já paga acima do Piso Nacional, tentamos cumprir com o reajuste do MEC todo ano de forma a garantir que nossos professores sempre tenham um ganho real sobre o salário. Somos muito sensíveis à luta dos professores por melhorias salariais e reconhecemos a importância dos aposentados que tiveram uma história de serviços prestados à Educação”, destacou Rejane Dias, secretária de Estado da Educação.
As gratificações, adicionais, indenizações, gratificações incorporadas e quaisquer outras vantagens pecuniárias dos profissionais do magistério permanecem em seus atuais valores nominais.
O secretário Franzé Silva, da SeadPrev, fez questão de destacar que os dias parados não serão descontados e que haverá a reposição das aulas. "O consenso é que os alunos não sejam prejudicados e que o Piauí continue mantendo a excelência na educação e exportando talentos para o Brasil".
"Foi acordado um reajuste de 6,81% agora em maio. O governador cancelou vários investimentos na Secretaria da Educação para puxar o reajuste que seria em setembro para maio", informou o secretário da Administração.
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