segunda-feira, 18 de abril de 2016

Jean Wyllys cospe em Jair Bolsonaro após votar contra impeachment



A TV Câmara não exibiu o momento. Um flagrante da cena, no entanto, foi postado no Twitter (veja abaixo).

Antes, quando estava ao microfone para declarar a posição a favor da presidente, Wyllys condenou Bolsonaro por ter exaltado o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura militar (1964-1985). O deputado do PSC votou a favor do processo de impeachment.

Ofensas homofóficas

Em seu Facebook, Jean disse que foi insultado por Bolsonaro após ter dado o seu voto. "O deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando 'veado', 'queima-rosca', 'boiola' e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista, e faria de novo, com quanta saliva eu tivesse", afirmou.

Na publicação, o deputado afirmou que não se envergonha do que fez. "É o mínimo que merece um deputado que 'dedica' seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace", acrescentou.

Jean disse ainda que Bolsonaro "cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para ficar quieto ou com medo desse canalha".

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