O presidente da República, Michel Temer (PMDB), garantiu em pronunciamento em rede nacional nesta quinta-feira (18), que não renuncia ao mandato.
"No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. 'Não renunciarei, repito, não renunciarei, sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena para o esclarecimento ao povo brasileiro".
Temer afirmou ainda que não teme a delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista da empresa JBS.
"Nunca autorizei que se utilizasse meu nome", declarou o presidente.
Ele afirmou que nunca autorizou que se pagasse a alguém para ficar calado.
“Em nenhum momento, autorizei pagamentos a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém", diz Temer.
Atualizada às 16h
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), faz neste momento pronunciamento em rede nacional para os brasileiros, após o escândalo da delação dos empresários da JBS. Acompanhe ao vivo.
Temer é citado na delação premiada do empresário Joesley Batista, presidente do grupo JBS, como sendo um avalista da compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso em Curitiba desde agosto do ano passado.
Hoje, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou, no início da tarde abertura de inquérito por obstrução de Justiça contra o presidente Michel Temer.
Michel Temer também teria indicado o deputado e ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures para resolver problemas da JBS em um litígio que a empresa tinha com a Petrobras, e para ser o responsável pela arrecadação de dinheiro pago pelo grupo empresarial.
Antes do pronunciamento, a imprensa nacional já apostava em sua saída. O jornalista Ricardo Noblat adiantou que o presidente já tinha conversado a respeito com alguns ministros de Estado e, pessoalmente, acompanha a redação do pronunciamento que informará o país a respeito.
Rodrigo Maia (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, teria sido avisado sobre a decisão de Temer. Ele o substituiria como previsto na Constituição, convocando o Congresso para que eleja o novo presidente que governará o país até o final de 2018.
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