Deputado Evaldo Gomes: construindo aliança com o PCdoB para ter mais influência política
As direções do PCdoB e do PTC no Piauí têm encontro marcado para esta sexta-feira pela manhã. E o assunto não poderia ser outro: as próximas eleições. Na prática, os dois partidos discutem amanhã a mais que possível aliança nas eleições de 2018, juntando forças para aumentarem suas chances de eleição de deputados estaduais e federais. E, em consequência, alcançarem maior protagonismo político.
O deputado Evaldo Gomes, presidente do PTC no Piauí, é o maior entusiasta da aliança. E, mesmo antes de entendimento com o PCdoB, já se movimentava para atrair lideranças capazes de carrear votos e cargos para a sigla. Os planos anunciados de Evaldo eram mais que explícitos: eleger três deputados estaduais e um federal. Não está claro se, com a nova aliança, ele amplia a meta a ser perseguida.
Ao explicar a aproximação com o PCdoB, Evaldo tem argumentos bastante simples. O primeira e mais óbvio: o pragmatismo. Ou seja: uma aliança é boa quando as partes ganham – e o que desejam mesmo é eleger representantes para o Legislativo, pelo PCdoB e pelo PTC.
Outra justificativa é a proximidade das duas siglas com o governador Wellington Dias. Pode-se dizer, é outra faceta desse pragmatismo. Por fim, do deputado diz que há afinidade de visão entre os dois partidos. Evaldo desdenha do aspecto ideológico – juntar um partido comunista com um partido cristão –, diz que isso não é relevante e lembra que começou sua militância política precisamente no PCdoB.
Ao mesmo tempo, festeja nomes históricos da sigla comunista, como Osmar Júnior, Lurdes Rufino e José Carvalho. Aliás, a união das duas siglas deve trazer de volta à cena eleitoral Osmar Júnior, que foi duas vezes vice governador (1998 e 2002) e duas vezes deputado federal (2006 e 2010), além de candidato a prefeito de Teresina (1996). Derrotado na tentativa de voltar à Câmara em 2014, Osmar pode buscar a cadeira que perdeu. Pode ser um dos principais beneficiados pela articulação.
Evaldo Gomes, por seu lado, cresce como articulador em um grupo que passa a contar com forças que muitas siglas festejadas não têm. Para ficar num exemplo: o PP de Ciro Nogueira, na eleição passada, fez apenas um deputado federal e outro estadual. Ou o PSDB de Firmino Filho, que emplacou três estaduais, mas sem fazer um único federal. O PTC, junto com o PCdoB, quer ser uma força política a ser considerada não apenas na hora da eleição, mas também nas articulações que conformam governos.
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