sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ataques terroristas em Paris deixam pelo menos 120 mortos: 'desespero'


A polícia francesa confirmou na noite desta sexta-feira (13) que pelo menos cem pessoas foram mortas dentro da casa de shows Bataclan, em Paris, onde homens armados abriram fogo durante um show. Três terroristas foram mortos pela polícia, que invadiu o local.
Mais cedo, autoridades confirmaram que cerca de cem reféns estariam na casa de espetáculos Bataclan, onde estava acontecendo a apresentação da banda Eagles of the Death Metal. Cerca de 1.500 espectadores estavam presentes no evento. O presidente da França, François Hollande, foi até o local.
A cidade registrou uma série de atentados terroristas em locais com grande concentração de pessoas: além da casa de shows, foram alvo dos ataques um bar e Stade de France, onde França e Alemanha disputavam um amistoso e onde Hollande acompanha a partida.
ATAQUE À HUMANIDADE
Explosões ocorreram próximo ao Stade de France, em Paris, na noite de sexta (13), durante um jogo entre as seleções da França e Alemanha. Além disso, três tiroteios simultâneos deixaram 42 mortos e dezenas de feridos em outros pontos da cidade, segundo a polícia parisiense.
Há ainda 100 reféns em uma casa noturna. A rede de TV francesa BFM, citada pela CNN, diz que os mortos são 60.
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O presidente francês, François Hollande, afirmou em declaração em rede nacional que está declarado estado de emergência em toda a França e que as fronteiras serão fechadas.

Em Paris, os hospitais entraram em "Plano Branco", um estado de emergência e crise, segundo o "Le Monde".
A polícia confirmou ainda que há 100 reféns na casa de espetáculos Bataclan, no boulevard Voltaire, no 11º arrondissement. Estão sendo mantidas no local pessoas que assistiam a um show da banda Eagles of the Death Metal.

Segundo um dos jornalistas do "Libération", que cita um policial no local, um homem no interior do Bataclan teria explosivos.
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O jornal também citou o relato de um jornalista da "Europe1", que estava no interior do Bataclan nesta noite: "Vários indivíduos armados entraram no meio do show", afirmou. "Dois ou três indivíduos não mascarados entraram com armas automáticas do tipo kalachnikov e começaram a atirar no público". O jornalista disse, ainda, que a ação durou de 10 a 15 minutos e que os atiradores eram jovens.

Ao jornal "Le Figaro", uma testemunha contou que viu dois homens armados entrarem no Bataclan. "Eles estavam armados, vestidos normalmente: eles atiraram no exterior e no interior da sala", afirmou a testemunha.

O jornalista francês Erwan Desplanques afirmou, em sua conta to Twitter, que um amigo que conseguiu escapar do Bataclan disse que havia cinco ou seis atiradores no local e que eles mencionaram a Síria.
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A polícia emitiu um alerta, pedindo que os parisienses não deixem suas casas, "a não ser em caso de absoluta necessidade". Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polícia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas.
- Explosões próximo ao Stade de France, em Paris, durante jogo entre as seleções da França e Paris
- Três tiroteios aconteceram em outros pontos da cidade
- A policia parisiense afirmaram que há 42 mortos, dezenas de feridos em outros pontos da cidade e 100 reféns na casa noturna Bataclan
- Segundo a jornalista Carolina Cimenti, houve tumulto para que as pessoas deixassem o estádio e espera por orientações
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- Segundo o jornal “Le Figaro”, uma testemunha contou que viu dois homens entrarem armados no Bataclan

- Obama se pronuncia a favor da França dizendo que EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido
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Segundo a BBC, um homem usando uma arma automática abriu fogo no restaurante Petit Cambodge no 10º arrondissement, deixando ao menos sete feridos. De acordo com o "Liberation" e a rede de TV CNN, há "diversos mortos". A Reuters afirma que duas pessoas morreram ali.
Um repórter do "Liberation" que está no local diz ter visto ao menos quatro corpos no chão. Já o repórter da BBC contou dez pessoas deitadas, sem conseguir identificar se estariam mortas ou feridas. Diversas ambulâncias já chegaram.

Um segundo tiroteio teve como cenário o bar "Le Carillon", segundo o Liberation. Na sequência, outro tiroteio foi registrado no 11º arrondissement.
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A BBC, o Liberation e o "Le Monde" afirmam também que houve três explosões do lado de fora do Stade de France, mas a polícia ainda não informou se há feridos no local. O presidente francês, François Hollande, foi retirado do estádio por segurança e está na sede do Ministério do Interior, onde acompanha o caso e participa de uma reunião de emergência.

Após o final do jogo, o público começou a ser liberado lentamente.
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O presidente americano Barack Obama fez um pronunciamento em que disse que a situação é “ultrajante” e que os EUA farão o que for possível para ajudar a França. “Faremos o que for necessário pra trabalhar com os franceses e as nações ao redor do mundo para buscar justiça”, disse. “Não quero especular no momento quem é o responsável até que sejamos informados pelas autoridades francesas que a situação está sob controle”. Obama disse ainda que o que aconteceu foi "um ataque contra toda a humanidade".
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"Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados", afirmou Obama, dizendo que os EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, escreveu em seu Twitter uma mensagem em que diz: "Estou chocado pelos eventos em Paris nesta noite. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que for possível para ajudar".

Segundo a Reuters, oficiais de segurança dos Estados Unidos acreditam que os ataques de Paris sejam coordenados. Já o vice-prefeito de Paris afirmou que ainda é cedo para saber se os ataques foram coordenados, mas que isso não pode ser descartado.
Ameaça
O hotel Molitor de Paris, onde está hospedada a seleção alemã de futebol, foi evacuado ao final da manhã desta sexta-feira (13) devido a um alerta de bomba.
Os jogadores alemães foram levados para outro hotel.
Uma equipe especializada em explosivos esteve no local.

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