O governador Wellington Dias decidiu nesta segunda-feira (29) que só dará os 5% de reajuste salarial para os professores - referente a primeira parcela dos 11,36% reinvindicados pela categoria, para quem estiver em sala de aula. O anuncio foi feito pelo secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva.
O objetivo, segundo o gestor, é não prejudicar o ano letivo em andamento e agilizar o funcionamento das escolas. A greve já dura 11 dias. "Essa primeira parcela será paga numa folha suplementar na próxima semana", explica Franzé.
Segundo o governo, a primeira parcela de 5% seria retroativa a janeiro/2016. A segunda parcela, de 6,36%, seria paga em outubro/2016. Os servidores recusaram a proposta.
De acordo com determinação do governador, quem desistir da greve e retornar ao trabalho recebe o pagamento também em folha suplementar na semana subsequente ao retorno. Wellington Dias determinou também que seja encaminhado à Assembleia Legislativa do Piauí, em regime de urgência, projeto alterando a tabela operacional dos servidores da educação e todos os outros servidores estaduais.
Autorizou também implementar em março o Plano de Cargos dos Técnicos de Nível Médio e Superior, extensivo não só à educação como a todos os servidores do Estado. Metade do plano será implantado em março/2016 e a outra metade em janeiro/2017.
A ilegalidade da greve dos servidores da Educação já foi solicitada junto ao Tribunal de Justiça. Segundo o secretário Franzé, a partir de março, haverá desconto no contracheque dos servidores dos dias parados.
"Dos 27 Estados da federação, apenas dois estão em negociação com os professores-Rio Grande do Norte e Piauí. Os outros estão sem implementar negociação. E o único Estado em greve é o Piauí", afirma Franzé.
A presidente do Sinte, Odeni de Jesus, disse que a proposta do sindicato é o pagamento em parcela única. "Queremos abrir os dados", afirmou.
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