quinta-feira, 26 de março de 2015
10 coisas que não têm a ver com sexo e afetam sua vida sexual
Hábitos e acontecimentos corriqueiros que, aparentemente, não têm nada a ver com a libido do casal podem interferir significativamente na performance sexual. Aprenda a lidar com dez desses vilões.
ROTINA: quando é prazerosa, a rotina demonstra que a relação do casal está saudável. Mas a partir do momento em que um dos pares (ou ambos) já não tem interesse em saber como o outro está e não cuida do relacionamento, a vida sexual pode naufragar. "Após um tempo juntos, devido à estabilidade e às tarefas cotidianas, alguns casais começam a postergar a atividade sexual. Um dia porque estão cansados, no outro porque precisam cuidar dos filhos e, quando se dão conta, já não transam mais", diz o terapeuta sexual Diego Henrique Viviani, professor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade). "Embora muitas pessoas tenham preconceito com essa estratégia, marcar uma data para fazer sexo é uma ótima saída para driblar a rotina. É preciso criar situações para estar junto com o par e curtir o relacionamento, caso contrário, ele continuará em segundo plano", explica o especialista.
PREGUIÇA: vez ou outra, ceder à preguiça devido ao cansaço não é um problema. Mas é preciso tomar cuidado para que ela não vire desculpa para a falta de desejo e afete o relacionamento. "Se essa atitude se tornar frequente, o par poderá se sentir desvalorizado", afirma o terapeuta sexual Diego Henrique Viviani. Segundo ele, é compreensível que, em certas ocasiões, seja inviável driblar o cansaço e engatar um sexo prazeroso. Mas, em outras, vale a pena fazer um esforço para vivenciar esse momento. "Pode ser que o sexo não seja fenomenal, mas é possível aproveitar as carícias e curtir. Basta se deixar envolver", diz Viviani.
FALTA DE DINHEIRO: ficar sem um tostão para arcar com as despesas ou ter de se privar de algumas coisas de que gosta por estar com o dinheiro contado é estressante e derruba a autoestima. "A tristeza e o nervosismo, decorrentes da situação, evidentemente afetam a libido", explica o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Jr., professor do Ambulatório de Sexualidade da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Para evitar que a vida sexual vá por água abaixo e o parceiro comece a achar que o problema é com ele, o psicólogo Roberto Mendes Guimarães, especializado em Sexualidade Humana e professor da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), sugere manter um diálogo aberto. "A falta de comunicação é o que geralmente acarreta mais problemas entre o casal", diz. Além disso, quanto mais unidos, mais facilidade o casal terá para encontrar uma solução para o problema financeiro.
ANSIEDADE: seja por conta dos problemas do dia a dia ou devido à vontade de impressionar o parceiro na cama, a ansiedade pode afetar muito a vida sexual, provocando problemas como ejaculação rápida ou falta de ereção. "A atividade sexual exige relaxamento e calma. Diante de tensões, o organismo coloca o corpo em estado de alerta e o sangue vai para as extremidades. Mas o pênis precisa de boa circulação para ficar ereto", declara o terapeuta sexual Diego Henrique Viviani. No caso das mulheres, a consequência da ansiedade é a dificuldade de conseguir uma boa lubrificação. O conselho do psicólogo Roberto Mendes Guimarães é tentar deixar a preocupação de lado. "Para sentir e proporcionar prazer, deixe as coisas fluírem e aproveite o momento", afirma.
INSATISFAÇÃO PROFISSIONAL: é comum que pessoas descontentes com o trabalho tenham sua autoestima afetada. Alterações de humor também são comuns. E tudo isso diminui a libido e a disposição para o sexo. A melhor solução para fugir dessa cilada é atacar o gerador da insatisfação. "Avalie se o problema está em você ou no seu emprego. Depois, pense em alternativas que estejam ao seu alcance para modificar a situação", diz o psicólogo Roberto Mendes Guimarães. Se a insatisfação for decorrente de algum desentendimento no ambiente corporativo, procure resolver diretamente com o colega. Mas se o problema for com a empresa ou a profissão, em alguns casos, pense em uma mudança, mas com cautela.
ALIMENTAÇÃO: alguns sintomas decorrentes da má alimentação causam indisposição e não combinam com sexo. É o caso da azia, da má digestão, do estufamento e da formação de gases. Daí a importância de ingerir alimentos saudáveis e evitar consumir porções exageradas de comida, principalmente antes de ir para a cama. "Ingerir comida em excesso deprime o sistema nervoso central, responsável pelo bom funcionamento do organismo. A má alimentação colabora para o entupimento das artérias, como a do pênis, prejudicando a ereção", explica o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Jr. A ereção afetada por esse motivo não é comum, mas acontece.
SEDENTARISMO: se levar em consideração que o sexo também é uma atividade física, será fácil chegar à conclusão de que, quanto mais você se exercitar, mais disposição terá para transar. Sem contar que, conforme explica o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Jr., a prática de exercícios também libera substâncias como a serotonina, que aumentam a autoestima, a sensação de bem-estar e a excitação. "Existem, ainda, os benefícios estéticos, que contribuem para aumentar ainda mais a autoestima e a disposição sexual", afirma o especialista.
BEBIDAS ALCOÓLICAS: o álcool é uma droga depressora e, em excesso, diminui a percepção sensorial (afetando os cinco sentidos), que é imprescindível para o sexo. Segundo o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Jr., a substância também degrada mais rápido a testosterona, hormônio masculino diretamente relacionado à libido. "Em altas quantidades, a bebida pode prejudicar a resposta do organismo, fazendo com que o orgasmo demore mais tempo para acontecer. Também podem ocorrer problemas de ereção e falta de lubrificação", fala o terapeuta sexual Diego Henrique Viviani.
TRATAMENTO MÉDICO: antidepressivos e medicações para o tratamento de doenças crônicas, como hipertensão e úlcera, podem alterar a função hormonal, diminuindo a libido. Remédios para calvície e alguns anticoncepcionais também podem afetar o desejo sexual e baixar a taxa de testosterona. "Se isso ocorrer, não interrompa o tratamento. Procure o seu médico, que poderá avaliar a necessidade de alterar a dose ou mudar a medicação", declara o psicólogo Roberto Mendes Guimarães.
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