terça-feira, 10 de março de 2015
Impasse no Samu aéreo dificulta transferência de bebê em estado grave
"Se a mãe está com tanta pressa, que contrate uma van paga". A resposta foi dada na manhã desta terça-feira (10), pela Coordenadora do Samu Aéreo, Cristiane Leal, diante dos insistentes telefonemas dados pela família do bebê, Jeferson Moraes Santos (foto), que encontra-se em estado grave, no Hospital Dirceu Arcoverde em Parnaíba para Teresina, e também pelos jornalistas que buscaram uma resposta para a demora na transferência do doente. Há dois dias aguardam o avião em Parnaíba.“Atendemos por nível de prioridade e mandamos o atendimento para Uruçui, porque esse ligou primeiro e não tem a estrutura de Parnaíba, se a equipe chegar antes das duas da tarde, mandamos buscar a criança em Parnaíba. Mas se a mãe tem tanta pressa, que contrate uma van paga para transferir o bebê”, afirmou.
De acordo com os médicos que atenderam a criança, o bebê, de apenas sete dias, possui o coração grande e uma hérnia no pulmão, situação considerada muito delicada. Ele respira com ajuda de aparelhos, e encontra-se na UTI.“A mãe dele só tem 14 anos de idade, e está muito abalada com toda a situação. O bebê nasceu em Piracuruca, e os médicos transferiram ele pra cá para Parnaíba, mas os médicos viram a gravidade do caso, disseram que é pra ele ir pra Teresina, mas há dois dias estamos tentando o Samu aéreo mas nunca dá certo”, afirmou a avó do bebê Maria Moraes.
A família já havia conseguido uma vaga para o bebê em Teresina, mas o Samu aéreo não foi buscá-lo alegando que estava chovendo em Parnaíba, com isso a vaga foi passada para outra criança. Com muito esforço da equipe, o hospital conseguiu uma segunda vaga para o bebê, mas o Samu chegou ao município às 17horas e não foi buscá-lo alegando que já estava tarde para voar.
“Hoje eu já não sei o que vamos fazer. Os médicos nos pedem calma, mas como podemos ficar calmos, já perdemos uma vaga em Teresina e agora corremos o risco de perder outra, até agora não nos falaram quando meu neto vai ser transferido. Não sabemos se ele vai sobreviver assim”, comentou a avó do bebê.
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