terça-feira, 28 de abril de 2015

Familiares chegam ao local de execuções na Indonésia

,Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, fala à imprensa nesta terça-feira sobre execução de primo na Indonésia (Foto: AP Photo/Tatan Syuflana) Nove pessoas podem ser executadas a qualquer momento. Entre os condenados está o brasileiro Rodrigo Gularte. Os parentes dos prisioneiros que estão no corredor da morte na Indonésia estão no presídio onde as execuções podem acontecer a qualquer momento. Os familiares chegaram na manhã desta terça-feira (28) à cadeia de Nusakambangan. Entre os condenados está o brasileiro Rodrigo Gularte, e sua família também foi chamada ao complexo. O prazo de 72 horas dado pela justiça indonésia após o anúncio para os prisioneiros de que eles serão executados terminou. Os nove condenados – oito deles estrangeiros – podem ser mortos por fuzilamento a partir desta terça. O porta-voz da promotoria, Tony Spontana, disse que os preparativos para as execuções foram 100% completados e que o pelotão de fuzilamento está a postos em Nusakambangan desde sábado. Também segundo ele, Gularte e os outros oito condenados não têm mais possibilidades de recorrer das sentenças.
Porém, o governo da Indonésia informou que não irá anunciar a data e horário das execuções. Segundo o jornal "Jakarta Post", há especulações de que elas ocorrerão nas primeiras horas de quarta-feira (29), na hora local – tarde desta terça no horário de Brasília. As famílias foram orientadas a se despedir dos prisioneiros nesta terça, outra indicação de que a pena será executada nesta quarta. Além disso, a mãe de um dos australianos no corredor da morte disse que a execução será às 17 GMT – 14h de Brasília. Um repórter da AFP na ilha de Nusakambangan, onde estão os presos, disse que ambulâncias carregando cGularte, de 42 anos, soube no sábado (25) que será executado por fuzilamento. Ele recebeu visita da prima, Angelita Muxfeldt, na prisão. O encontro foi “difícil”. Ele se negou a fazer os três últimos pedidos a que tem direito, disse o advogado Ricky Gunawan. “Ele rejeitou, rindo. E disse: ‘Isso é alguma coisa como Aladdin? Não preciso disso’”. O defensor assumiu o caso em março. Nesta terça, Angelita disse que seu primo não sabe que poderá ser executado a qualquer momento. Ele está calmo e acredita que será solto, relatou a brasileira. 11 anos de prisão Gularte foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro a pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado. Familiares e conhecidos relataram que Gularte passa seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, alegando ser sua proteção. O brasileiro passou 11 anos em prisões da Indonésia. Ele foi preso em julho de 2004 após tentar entrar no país com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte em 2005. Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas. aixões vazios já chegaram ao local.
Montagem com fotos de oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia: acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane Veloso e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashi e Sylvester Obiekwe Nwolise e o brasileiro Rodrigo Gularte. À direita

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